O número de feridos também subiu para 14, incluindo um agente da polícia, de acordo com o último relatório do Ministério Público sobre os acontecimentos na Penitenciária do Litoral, localizada na cidade portuária de Guayaquil.
Por sua vez, o Ministério do Interior informou que 2.700 membros da polícia e das Forças Armadas realizaram uma operação de controlo na penitenciária depois de o chefe de Estado do Equador, Guillermo Lasso, ter declarado o estado de emergência nas prisões do país.
Só depois de a polícia e as Forças Armadas terem conseguido entrar na penitenciária e recuperar o controlo da situação foi possível fazer o balanço do confronto, remover corpos e recolher provas. Durante a operação, foram apreendidas nove espingardas, um lança-granadas, quatro pistolas, dois revólveres e mil munições.
O Ministro do Interior, Juan Zapata, afirmou que, utilizando a força coerciva, o Estado irá recuperar "a tranquilidade e a paz dos equatorianos".
Neste incidente, defrontaram-se dois dos bandos criminosos que lutam pelo controlo interno das prisões equatorianas, "Los Tiguerones" e "Los Lobos", que há algumas semanas quebraram uma trégua, de acordo com o decreto presidencial emitido na terça-feira para declarar o estado de emergência no sistema penitenciário do Equador. A medida vai estar em vigor durante 60 dias.
A declaração do estado de emergência visa preservar os direitos dos reclusos, como grupo prioritário, bem como os dos agentes penitenciários e polícias.
Tem também por objetivo controlar as circunstâncias atuais e restabelecer a convivência pacífica, a ordem e o normal funcionamento dos centros de detenção.
A Procuradoria Geral anunciou a abertura de dois inquéritos, "o primeiro por homicídio de pessoas privadas de liberdade e o segundo por terrorismo, devido às explosões e à quantidade de armas e munições encontradas no interior da penitenciária", conhecida como Guayas 1.
Desde fevereiro de 2021, as prisões do Equador têm sido palco de incidentes violentos que deixaram mais de 420 reclusos mortos.
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