A sondagem, encomendada pelo jornal La República ao IEP e divulgada na segunda-feira, mostrou que apenas 10,8% dos inquiridos aprovam Boluarte em julho, contra 19,3% em janeiro.
Os 81,6% de desaprovação da Presidente são mais elevados nos níveis socioeconómicos mais baixos (86%), no centro (89%) e no sul (87%) do país, nas zonas rurais (87%) e entre os que se identificam como de esquerda (93%).
Por outro lado, 90,4% dos inquiridos rejeitam o Congresso, em comparação com 6,2% de aprovação e 3,4% que não sabem ou não respondem.
A instituição tem alta reprovação em todos os segmentos, mas o IEP observou maior apoio ao Congresso entre os que se identificam como de direita (11%) e os que aprovam a gestão de Boluarte (30%).
Quanto à solução para a atual crise do país, 80% consideram que devem ser realizadas eleições gerais antes de 2026, enquanto 15% dizem que Boluarte deve permanecer no cargo até 2026, data de fim do mandato.
O pedido de eleições antecipadas é de 73% em Lima, noutras partes do país é superior a 80% e é mais elevado entre as mulheres, os níveis socioeconómicos mais baixos, as pessoas com idades compreendidas entre os 25 e os 39 anos e entre quem se identifica com a esquerda e o centro.
Relativamente aos protestos antigovernamentais convocados para este mês, 58% dizem sentir-se identificados, contra 33%.
Os jovens do centro e da esquerda, de baixo estatuto socioeconómico e residentes na zona central do país são os que mais apoiam as manifestações.
Por último, 51% dos inquiridos disse acreditar que o Peru é uma democracia, o que representa menos seis pontos percentuais em relação a fevereiro, quando 57% dos cidadãos responderam positivamente.
Em fevereiro e março de 2019, este valor atingiu 66%.
Os peruanos do sul, de centro ou esquerda, são aqueles que disseram pensar que o país não é uma democracia.
A sondagem foi realizada de 15 a 19 de julho entre 1.206 inquiridos.
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