As eleições locais estão marcadas para 10 de setembro, mas Pamfilova alertou que "tudo pode acontecer", dado que a situação no terreno "é difícil".
Nesse sentido, advertiu para se ter em conta os possíveis perigos para a segurança dos eleitores, segundo relatou a agência Interfax.
A Rússia considera como território nacional as regiões ucranianas de Zaporijia, Kherson, Donetsk e Lugansk, apesar de não as controlar na sua totalidade e após referendos sem qualquer reconhecimento externo.
As forças ucranianas têm ganhado terreno limitado em zonas do sul e leste do país, em resultado de uma contraofensiva iniciada no início de junho.
A Rússia, por sua vez, atravessa uma crise interna após uma tentativa de motim, liderada pelo grupo de mercenários Wagner, chefiado por Yevgeny Prigozhin, iniciada em 23 de junho e cujas colunas militares chegaram com fraca resistência a cerca de 200 quilómetros de Moscovo com o objetivo de depor as chefias militares russas.
A rebelião foi travada após um acordo sob mediação de Alexander Lukashenko, reconhecido aliado de Putin e Presidente da Bielorrússia, onde presumivelmente se encontra Prigozhin e um número incerto dos seus soldados mercenários.
A ofensiva militar russa no território ucraniano, lançada a 24 de fevereiro do ano passado, mergulhou a Europa naquela que é considerada a crise de segurança mais grave desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).
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