O caso de Shannon Keeler tem quase dez anos mas continua a ser motivo de investigação - e indignação - nos Estados Unidos, e, de acordo com as autoridades, também fora do país.
Tudo começou em 2013, quando a jovem foi violada no campus da Universidade de Gettysburg College, no estado norte-americano de Pensilvânia, em dezembro de 2013. De acordo com as publicações internacionais, a jovem mandou uma mensagem aos amigos mesmo antes de o suspeito, Ian T. Cleary, fugir, e dirigiu-se nesse mesmo dia à polícia.
Segundo a imprensa norte-americana, as autoridades sempre se mostraram muito reticentes à apresentação de queixa, mesmo quando esta descobriu, em 2020, mensagem enviadas pelo suspeito. "Então, violei-te", dizia a mensagem.
A CBS aponta que foi depois de uma reportagem publicada pela Associated Press sobre esta relutância que a polícia acabou por registar as queixas.
Agora, a advogada de Keeler questiona-se como é que o homem, com agora 30 anos, ainda não foi detido. "Como é que ele se sustenta? Como é que consegue viajar sem ser detido? Tem uma identidade falsa?", questionou-se Andrea Levy à CBS, acrescentando que o esforço que Keeler tem feito é enorme.
"Ela teve de insistir e insistir... e ele simplesmente seguiu com a sua vida. É difícil medir o impacto que tem nela como ser humano, assim como na sua família e no seu companheiro", acrescentou, lembrando que há "um custo". "Há um custo humano. É a vida de de alguém", rematou.
A responsável aponta ainda como é que numa altura em que as pessoas podem ser localizadas através dos telemóveis, câmaras de segurança e cartões de crédito esta localização ainda está por fazer.
Segundo as autoridades norte-americanas, as buscas por este homem continuam a acontecer e também foi emitido um aviso da Interpol a nível global, apesar de ele não estar na base de dados pública.
De acordo com o site que será seu, Ian T. Cleary trabalhou para a Tesla quando deixou a universidade, e depois mudou-se para França.
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