"Após a avaliação da situação, o Comando da Frente Interna torna público que é agora permitido sair de abrigos em todas as zonas do país", referem as IDF no seu canal no Telegram.
"Solicita-se ao público que continue a seguir as instruções do Comando da Frente Interna", adiantam.
Depois de vários mísseis balísticos iranianos terem atingido Israel nos últimos dias, o serviço de emergência israelita, Magen David Adom (MDA), afirmou em comunicado que não registou danos causados pelo ataque com mísseis lançado esta noite.
"Após o toque do alerta vermelho nos últimos minutos no centro e sul de Israel, não houve relatos de impactos de mísseis ou vítimas no Centro de Despacho de Emergência do MDA, exceto por várias pessoas que ficaram feridas a caminho de um abrigo", afirmou o serviço.
Antes, as IDF confirmaram ter identificado mísseis lançados a partir do Irão em direção ao território de Israel e que os sistemas defensivos estavam a operar para intercetar a ameaça, instruindo a população a procurar abrigos.
Num outro comunicado, as IDF referem que soaram sirenes em várias zonas de Israel "após a identificação de mísseis lançados do Irão em direção ao Estado de Israel", apelando à população para que "siga as instruções do Comando da Frente Interna".
"Neste momento, a IAF [Força Aérea] está a operar para intercetar e atacar onde necessário para eliminar a ameaça. A defesa não é hermética, pelo que é essencial continuar a seguir as instruções do Comando da Frente Interna", adianta.
A Guarda Revolucionária do Irão, guardiã do regime islâmico, anunciou esta noite o lançamento de ataques contra Israel "ininterruptamente até ao amanhecer".
"A nona salva de um ataque combinado de 'drones' e mísseis começou e vai continuar ininterruptamente até ao amanhecer", disse o porta-voz da Guarda, Ali Mohammad Naini, segundo a agência noticiosa oficial IRNA.
No quarto dia de uma escalada militar entre o Irão e Israel, a televisão estatal anunciou antes uma nova salva de mísseis contra Israel, segundo a AFP.
"Começa uma nova salva de mísseis contra os territórios ocupados", informou a televisão, referindo-se a Israel, um Estado não reconhecido pelo Governo iraniano.
Até ao momento, as cadeias de televisão internacionais presentes nas principais cidades israelitas não dão conta de interceções de mísseis em curso, como tem sido habitual nos últimos dias, com o sistema antimíssil "Cúpula de Ferro" em frequente atividade.
Em Teerão, informou entretanto a agência de notícias IRNA, os sistemas de defesa aérea foram ativados "a um nível elevado".
O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, afirmou hoje que as forças israelitas "controlam o céu de Teerão" após a campanha de bombardeamentos contra o território iraniano, iniciada na madrugada de sexta-feira, e reiterou que o objetivo é destruir os programas nuclear e balístico de Teerão.
A guerra entre Israel e o Irão foi desencadeada na madrugada de 13 de junho por bombardeamentos israelitas contra instalações militares e nucleares iranianas, matando lideranças militares, cientistas e civis.
Entre os mortos, contam-se pelo menos 15 oficiais superiores, confirmados por Teerão, incluindo o chefe do Estado-Maior General das Forças Armadas, general Mohamad Hossein Baqari, o comandante-chefe da Guarda Revolucionária Iraniana, Hossein Salami, e o chefe da Força Aeroespacial da Guarda Revolucionária, general Amir Ali Hajizadeh.
O Irão retaliou com centenas de mísseis direcionados às cidades de Telavive e Jerusalém.
O conflito já fez dezenas de mortos e centenas de feridos de ambos os lados.
[Notícia atualizada às 23h28]
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