"É a primeira vez que um presidente hondurenho visita a China. Esta visita abre uma nova etapa histórica na relação entre os dois países, que é de grande e significativa importância", disse Xi, durante o encontro, em Pequim, com Castro.
Segundo o líder chinês, a decisão de Castro de romper laços com Taiwan para estabelecer relações com a China foi "histórica" e demonstra a "firme vontade política" da presidente hondurenha.
Xi acrescentou que a China vai manter o compromisso de "desenvolver relações amigáveis com as Honduras" e que apoiará "firmemente" o desenvolvimento económico e social do país.
"Procuramos estabelecer uma boa amizade e parceria com as Honduras por meio do respeito, igualdade, benefício mútuo e desenvolvimento comum", afirmou.
O líder chinês enfatizou que o relacionamento começou "com grande dinamismo" e expressou que espera trabalhar com as Honduras "numa perspetiva estratégica e de longo prazo" e fazer com que a cooperação gere "resultados tangíveis" para os povos de ambos os países.
Castro iniciou a visita à China na cidade de Xangai, onde no sábado formalizou a candidatura hondurenha para ingressar no Novo Banco de Desenvolvimento - entidade financeira do bloco de economias emergentes BRICS - durante uma reunião com a presidente do banco, a ex-presidente brasileira Dilma Rousseff.
"Acreditamos que podemos ter aqui todas as possibilidades para encontrar mecanismos que nos permitam desenvolver a nossa economia, bem como encontrar aliados permanentes que nos permitam dar uma qualidade de vida diferente ao nosso povo", disse a presidente hondurenha.
No domingo, o ministro dos Negócios Estrangeiros das Honduras, Eduardo Enrique Reina, e o seu homólogo chinês, Qin Gang, inauguraram oficialmente a embaixada das Honduras na China.
O cientista Salvador Moncada vai ser o primeiro embaixador hondurenho na China, segundo anunciou Castro antes da visita.
As Honduras e a China anunciaram o estabelecimento de relações diplomáticas em 26 de março, horas depois de o país centro-americano oficializar o rompimento das relações que mantinha com Taiwan desde 1941.
O país centro-americano e Taiwan mantiveram uma relação de cooperação nos âmbitos militar, educação e economia. Taipé financiou projetos de ajuda técnica e agrícola, além de hospedar centenas de bolsistas hondurenhos nas suas universidades.
A rutura das relações com Taiwan por parte das Honduras reduziu para 13 o número de países com os quais Taipé mantém relações diplomáticas oficiais, e tornou a nação centro-americana o nono país - e o quinto latino-americano - que desde 2016 cortou os laços com a ilha para estabelecer relações com Pequim.
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