Colômbia. Justiça suspeita de financiamento ilegal da campanha de Petro
O Ministério Público da Colômbia está a investigar o financiamento da campanha eleitoral do Presidente Gustavo Petro, após suspeitas que a sua participação nas presidenciais de 2022 foi apoiada com dinheiro ilegal.
© Getty Images
Mundo Colômbia
"A investigação está focada em apurar se foram cometidos crimes relacionados com o possível financiamento ilegal da campanha eleitoral do Presidente da República", destacou hoje o Ministério Público numa nota divulgada na rede social Twitter.
De acordo com a mesma fonte, a investigação está a ser conduzida por procuradores delegados do Supremo Tribunal de Justiça e da Direção Especializada contra a Corrupção.
Os investigadores vão procurar apurar "possíveis responsabilidades nos crimes de financiamento de campanhas eleitorais de fontes proibidas, violação de limites eleitorais e outros [crimes] passíveis de tipificação".
A abertura da investigação surge após a divulgação de áudios do ex-embaixador colombiano em Caracas Armando Benedetti, nos quais é referido que o Presidente colombiano terá recebido dinheiro "do narcotráfico" para financiar a sua campanha.
As acusações já foram negadas por Petro, que garantiu que os pagamentos foram feitos graças a "empréstimos bancários".
Nos áudio divulgados, o ex-embaixador da Colômbia em Caracas repreende a ex-chefe de gabinete de Gustavo Petro, Laura Sarabia, pela alegada prepotência que terá recebido desta e do chefe de Estado, depois de ter desempenhado um papel importante no financiamento da campanha.
Nessa conversa Armando Benedetti refere mesmo que o dinheiro para a campanha foi conseguido por vias irregulares.
Benedetti, que já tinha anunciado ameaças contra a sua família e a si mesmo, garante que realizou cem reuniões e conseguiu arrecadar até 15.000 milhões de pesos (cerca de 3,5 milhões de euros) para a campanha do Presidente Gustavo Petro.
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