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Rasto de destruição de barragem começa a chegar a Odessa. Cão resgatado

Entre resíduos de óleo, telhados de residências e sofás, um cão foi resgatado, depois de ter viajado cerca de 140 quilómetros em cima de um bloco de madeira.

Notícias ao Minuto

19:51 - 09/06/23 por Notícias ao Minuto com Lusa

Mundo Ucrânia/Rússia

Ao fim de três dias, o rasto de destruição provocado pelas inundações que se seguiram ao colapso da barragem de Kakhovka está a chegar à região de Odessa, segundo os habitantes locais.

Entre resíduos de óleo, telhados de residências e sofás, um cão foi resgatado, depois de ter viajado cerca de 140 quilómetros em cima de um bloco de madeira, de acordo com a imprensa local.

Na verdade, um vídeo publicado nas redes sociais – que poderá aceder na galeria acima – mostra o salvamento do ‘patudo’, que terá dado à costa na localidade de Hryhorivka, uma cidade do Mar Negro perto de Odessa.

"É difícil imaginar o que o cão passou", escreveu a Euromaidan Press, na rede social Twitter.

Entretanto, informações divulgadas hoje pelas autoridades ucranianas e russas deram conta de que as inundações no sul da Ucrânia causadas pelo rebentamento da barragem de Kakhovka terão provocado já 13 mortos.

O ministro do Interior ucraniano, Igor Klymenko, anunciou a morte de cinco pessoas na parte da região de Kherson controlada pela Ucrânia, enquanto o chefe da zona ocupada pela Rússia, Vladimir Saldo, reportou oito mortos.

O ministro ucraniano disse também que 13 pessoas foram dadas como desaparecidas e que 48 localidades estão inundadas, incluindo 14 em áreas sob ocupação russa.

Desde o rebentamento da barragem, na terça-feira, as autoridades ucranianas retiraram 2.400 pessoas das áreas afetadas pelas inundações, segundo Klymenko.

O responsável pela parte da região de Kherson sob ocupação russa disse que mais de 22.700 casas em 17 localidades estavam inundadas.

Saldo disse que 5.800 pessoas foram retiradas desde terça-feira, das áreas inundadas sob ocupação russa, e quatro mil pessoas estão ameaçadas pela falta de água potável.

Considerada no início da invasão como um alvo prioritário para os russos, esta barragem hidroelétrica no rio Dnipro está agora na linha da frente entre as regiões controladas por Moscovo e o resto da Ucrânia, sendo que os países culpam-se mutuamente pelo desastre.

A barragem situa-se a 150 quilómetros da central nuclear de Zaporíjia, mas a AIEA disse que as cheias provocadas pela destruição da infraestrutura não representam um perigo imediato para a central.

Construída na década de 1950, durante o período soviético, a barragem permite o envio de água para o canal da Crimeia do Norte, que parte do sul da Ucrânia e atravessa toda a península ocupada e anexada por Moscovo desde 2014.

Lançada a 24 de fevereiro, a ofensiva militar russa na Ucrânia já provocou a fuga de mais de 14.7 milhões de pessoas, segundo os dados mais recentes da Organização das Nações Unidas (ONU), que classifica esta crise de refugiados como a pior na Europa desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).

A entidade confirmou ainda que já morreram mais de 8.983 civis desde o início da guerra e 15.442 ficaram feridos, sublinhando, contudo, que estes números estão muito aquém dos reais.

Leia Também: Balanços ucraniano e russo das inundações totalizam 13 mortos

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