A comunicação hoje adotada pretende apoiar os Estados-membros na prevenção e intervenção precoce, acesso a cuidados de saúde mental e a tratamentos de elevada qualidade a preços acessíveis e na reintegração na sociedade após a recuperação.
Para tal, Bruxelas avança com um financiamento "proveniente de diferentes instrumentos financeiros no valor de 1,23 mil milhões de euros", segundo um comunicado.
A comissária europeia para a Saúde, Stella Kyriakides, salientou, em conferência de imprensa, que a Comissão quer, concretamente, lançar uma iniciativa europeia para a prevenção da depressão e do suicídio, criar um código europeu para a saúde mental e reforçar a investigação sobre a saúde cerebral.
Ainda antes da pandemia de covid-19 e da invasão da Ucrânia pela Rússia, os problemas de saúde mental já afetavam uma em cada seis pessoas - cerca de 84 milhões - na UE, tendo-se agravado desde então.
"A saúde mental não é apenas sobre doença ou a ausência dela, mas é também sobre bem-estar e ter emoções positivas. É sobre nós, as nossas vidas, trabalho, relacionamentos, saúde física, contexto social e direitos humanos", adiantou a comissária.
Segundo uma estimativa do executivo comunitário, os custos totais dos problemas de saúde mental --- que incluem os sistemas de saúde e de segurança social, mas também a diminuição do emprego e da produtividade dos trabalhadores --- ascendam a mais de 4% do Produto Interno Bruto nos países da UE, o que equivale a mais de 600 mil milhões de euros por ano.
[Notícia atualizada às 14h11]
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