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Bruxelas admite prolongar até março de 2025 proteção a ucranianos

A Comissão Europeia admite prolongar até março de 2025 a proteção temporária na União Europeia (UE) de ucranianos, numa altura em que já foram celebrados mais de 1,3 milhões de contratos de trabalho com pessoas provenientes da Ucrânia.

Bruxelas admite prolongar até março de 2025 proteção a ucranianos
Notícias ao Minuto

11:20 - 06/06/23 por Lusa

Mundo Ucrânia

"O que está em causa agora é a discussão sobre por quanto tempo teremos de prolongar a diretiva relativa à proteção temporária, que pode ser prolongada até março de 2025. É claro que todos esperamos que a guerra termine em breve, mas esta é uma possibilidade e a Comissão Europeia está pronta para tomar essa decisão, se necessário", disse hoje a comissária europeia dos Assuntos Internos, Ylva Johansson.

Falando em conferência de imprensa em Bruxelas, no dia em que é publicado um relatório sobre a integração na UE de pessoas que fogem da guerra da Ucrânia, causada pela invasão russa, a responsável defendeu também uma discussão sobre "como apoiar e ajudar as pessoas que gostariam de regressar à Ucrânia e as que gostariam de permanecer na União Europeia", o que implicaria "criar uma base jurídica" para acolher estas pessoas que quereriam ficar no bloco comunitário.

Também falando à imprensa na ocasião, o comissário europeu dos Direitos Sociais, Nicolas Schmit, afirmou que "no início deste ano, os serviços públicos de emprego dos Estados-membros comunicaram que foram assinados mais de 1,3 milhões de contratos de trabalho com pessoas provenientes da Ucrânia".

Porém, "muitas pessoas da Ucrânia estão a trabalhar em empregos abaixo do seu nível de competências", observou o comissário europeu da tutela, atribuindo-o "às barreiras linguísticas e, por vezes, à falta de reconhecimento das qualificações".

"Continuaremos a trabalhar com os Estados-membros para resolver este problema", assegurou.

Nicolas Schmit recordou ainda o portal lançado em outubro passado para fazer corresponder os empregadores aos candidatos a emprego que fogem da guerra.

Até ao momento, 16 milhões de ucranianos entraram na UE e, destes, 11 milhões já regressaram, um milhão foram para outros países como Canadá, Reino Unido e Estados Unidos e quatro milhões ainda continuam no bloco comunitário.

Face à invasão russa da Ucrânia, em fevereiro de 2022, milhões de pessoas que procuraram refúgio na UE e nos países vizinhos.

Em março do ano passado, a UE ativou a diretiva relativa à proteção temporária, até então nunca usada e que tinha sido adotada em 2001 na sequência das deslocações em grande escala que se verificaram na Europa devido aos conflitos armados nos Balcãs Ocidentais, em especial a partir da Bósnia-Herzegovina e do Kosovo.

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