"Os presos sob detenção administrativa iniciam um projeto nacional de combate à detenção administrativa no qual participam todos os presos de todo o espetro [político] e sob a bandeira palestiniana", divulgou, em comunicado, o Comité de Prisioneiros em Detenção Administrativa, citado pelo diário palestiniano 'Al-Quds'.
A principal reivindicação da greve de fome é o respeito de Israel pelo Direito Internacional Humanitário e o fim do regime de detenção administrativa nas prisões israelitas.
Este regime permite às autoridades de Israel manter suspeitos de terrorismo presos sem acusação ou julgamento por intervalos que podem variar entre os três e os seis meses, o que, na prática, significa a sua detenção indefinida sem julgamento.
Os presos também instaram a presidência e o governo da Autoridade Nacional Palestiniana (ANP) a apresentarem as suas exigências, a acionarem todos os instrumentos diplomáticos de pressão e a fazerem desta causa uma "prioridade nacional" com o necessário apoio popular.
"As fações, a resistência, as instituições, a sociedade civil e todo o nosso povo devem apoiar esta causa e a greve de fome, com uma revolta em todas as esferas e em todas as praças, acionando todos os pontos de contacto com a ocupação", destacou ainda este comité.
Também convocou os palestinianos no estrangeiro a participarem no protesto, demonstrando a sua solidariedade através de concentrações em frente às "embaixadas inimigas" e dirigindo-se a todas as instituições e parlamentos europeus para pressionar Israel a corresponder às exigências levantadas.
Israel conquistou Jerusalém Oriental durante a Guerra dos Seis Dias, em junho de 1967, juntamente com a Cisjordânia e a Faixa de Gaza.
Posteriormente, anexou Jerusalém Oriental, uma decisão nunca reconhecida pela comunidade internacional.
Os palestinianos pretendem recuperar a Cisjordânia ocupada e Gaza e reivindicam Jerusalém Oriental como capital do Estado da Palestina.
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