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Conflito no Sudão agrava crise humanitária na República Centro-Africana

A situação humanitária no norte da República Centro-Africana agravou-se devido ao conflito iniciado em 15 de abril no Sudão, segundo o Gabinete de Coordenação dos Assuntos Humanitários das Nações Unidas (OCHA, na sigla em inglês).

Conflito no Sudão agrava crise humanitária na República Centro-Africana
Notícias ao Minuto

18:19 - 05/06/23 por Lusa

Mundo Sudão

O coordenador humanitário residente da ONU na República Centro-Africana, Mohamed Ag Ayoya, disse numa conferência de imprensa em Genebra que cerca de 14.000 refugiados já chegaram ao país vindos do Sudão, resultado do conflito que opõe o exército sudanês ao grupo paramilitar Forças de Apoio Rápido (RSF, na sigla em inglês).

Mais de 6.300 dos refugiados são sudaneses e cerca de 3.460 são centro-africanos que regressam ao seu país.

"O fim do tráfego comercial na fronteira está a aumentar a pressão sobre os já limitados recursos disponíveis e a colocar em risco 130.000 pessoas vulneráveis no país", alertou Ag Ayoya.

Além disso, o coordenador disse que o conflito no país vizinho está a dificultar o transporte rodoviário de ajuda humanitária para o norte da RCA, especialmente nos municípios de Vakaga e Bamingui-Bagoran.

Para fazer face a esta situação, o gabinete das Nações Unidas prevê que necessitará de mais 69 milhões de dólares (64,4 milhões de euros) para cobrir as emergências da população do país.

Atualmente, mais de metade da população da RCA (3,4 milhões de pessoas) necessita urgentemente de ajuda humanitária.

Para além de Ag Ayoya, a ministra da Ação Humanitária da República Centro-Africana, Virginie Baikoua, esteve presente na conferência, assegurando que o seu país continua a ser "uma terra de acolhimento", apesar dos muitos problemas que enfrenta.

Questionada sobre a alegada colaboração do grupo mercenário russo Wagner com o governo centro-africano, Baikoua limitou-se a dizer que o seu país tem recebido apoio de vários países em diferentes domínios, incluindo a formação das forças armadas do país.

Leia Também: Sudão. Mais de 1,5 milhões de pessoas deslocadas e refugiadas

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