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Jornalista dos EUA detido na Rússia recorre de prolongamento da detenção
O jornalista norte-americano Evan Gershkovich, do diário Wall Street Journal, recorreu do prolongamento por mais três meses da sua detenção na Rússia por acusações de espionagem, indicou hoje um 'site' da Internet de informação judicial russa.
© Reuters
Mundo Evan Gershkovich
Gershkovich, um cidadão norte-americano de 31 anos, foi detido em março enquanto efetuava uma viagem de reportagem à Rússia. Ele, o seu empregador e o Governo dos Estados Unidos negaram as acusações de que é alvo. Um tribunal de Moscovo prolongou na terça-feira a sua detenção até 30 de agosto.
De acordo com o 'site' judicial, o recurso foi apresentado no tribunal distrital de Lefortovo na quinta-feira passada, e não existe informação sobre se foi ou não marcada uma data para uma nova audiência.
O caso de Gershkovich tem estado rodeado de secretismo: as autoridades russas não especificaram que provas recolheram -- se é que alguma -- para sustentar as acusações de espionagem.
Vários procedimentos judiciais do caso têm sido fechados à imprensa. A agência noticiosa estatal russa TASS indicou que a audiência de terça-feira se realizou à porta fechada, porque o repórter é acusado da posse de "material secreto".
O Wall Street Journal noticiou na terça-feira à noite que os pais de Gershkovich, imigrantes soviéticos que residem em Nova Jérsia, tinham ido a Moscovo e viram o filho durante a curta audiência de extensão da detenção.
"Não sei como descrever esta felicidade e esta tristeza ao mesmo tempo", disse a mãe do jornalista, Ela Milman, citada pelo diário norte-americano, acrescentando que o filho parecia descontraído e bem e que comunicaram através de sorrisos.
O Departamento de Estado norte-americano indicou que pelo menos um elemento da embaixada dos Estados Unidos da América (EUA) em Moscovo tinha estado presente na audiência.
A detenção de Gershkovich abalou os jornalistas no país e desencadeou indignação no Ocidente.
O Governo norte-americano sustentou que Gershkovich, que se encontra na prisão moscovita de Lefortovo, fora erradamente detido e exigiu a sua imediata libertação.
Responsáveis da delegação diplomática dos EUA na capital russa foram autorizados a visitar o repórter na prisão uma vez desde que foi detido, em Ecaterimburgo, a 29 de março, mas as autoridades russas rejeitaram dois pedidos mais recentes para vê-lo.
Leia Também: Rússia prolonga prisão preventiva de Evan Gershkovich
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