Compromissos que não incluam toda a Ucrânia serão "derrota da democracia"

Estas declarações surgiram numa altura em que o porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, esclareceu que o presidente russo "permanece aberto ao diálogo".

KYIV, UKRAINE - NOVEMBER 22, 2022 - Adviser to the head of the Office of the President of Ukraine Mykhailo Podolyak is pictured during an interview with the Ukrinform National News Agency, Kyiv, capital of Ukraine. (Photo credit should read Hennadii Minch

© Getty Images

Daniela Filipe
26/05/2023 16:18 ‧ 26/05/2023 por Daniela Filipe

Mundo

Ucrânia/Rússia

O conselheiro presidencial ucraniano, Mykhailo Podolyak, reiterou, esta sexta-feira, rejeitar qualquer tipo de “compromisso” que não inclua a libertação de todos os territórios da Ucrânia no âmbito do conflito travado por aquele país contra a Rússia, atirando que uma concessão semelhante equivaleria “a admitir a derrota da democracia, a vitória da Rússia, a preservação do regime de [Vladimir] Putin”.

Qualquer ‘cenário de compromisso’ que NÃO vise a libertação todos os territórios da Ucrânia, de que falam periodicamente ‘fontes anónimas’ das elites europeias e americanas, equivale a admitir a derrota da democracia, a vitória da Rússia, a preservação do regime de Putin e, como consequência, o aumento acentuado dos conflitos na política global”, começou por escrever o responsável, na rede social Twitter.

E foi mais longe: “Tudo isto é o sonho estimado da Rússia. A pergunta é retórica: por que é que os atores públicos individuais continuam a aliar no ‘cenário dos meios de comunicação russos’ e a prolongar o conflito?”, rematou.

Estas declarações surgiram numa altura em que o porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, esclareceu que o presidente russo “permanece aberto ao diálogo”, depois de o chanceler alemão, Olaf Scholz, ter referido que está pronto para retomar o contacto com o chefe de Estado russo sobre a Ucrânia.

Acumulam-se as declarações do conselheiro presidencial ucraniano quanto à rejeição de conversações com a Rússia que, a seu ver, não trariam paz, mas multiplicariam as vítimas, ao representar a vitória de Putin.

Ainda assim, Podolyak indicou, noutra ocasião, que “a Ucrânia nunca se recusou a negociar”.

“A nossa posição de negociação é conhecida e aberta. Putin está pronto? Obviamente que não. Portanto, somos construtivos na nossa avaliação: falaremos com o próximo líder da [Rússia]”, disse, alertando que, para a porta das conversações ser aberta, a Rússia deverá retirar as suas tropas da Ucrânia.

Lançada a 24 de fevereiro, a ofensiva militar russa na Ucrânia já provocou a fuga de mais de 14,6 milhões de pessoas, segundo os dados mais recentes da Organização das Nações Unidas (ONU), que classifica esta crise de refugiados como a pior na Europa desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).

A entidade confirmou ainda que já morreram mais de 8.895 civis desde o início da guerra e 15.117 ficaram feridos, sublinhando, contudo, que estes números estão muito aquém dos reais.

Leia Também: "Scholz ainda não ligou para Putin", que está "aberto ao diálogo"

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