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EUA criticam encontro de funcionária da ONU com política russa procurada

Os Estados Unidos (EUA) expressaram quarta-feira preocupação com o encontro entre uma funcionária das Nações Unidas (ONU) e uma política russa alvo de um mandado de prisão do Tribunal Penal Internacional (TPI) por crimes de guerra contra crianças.

EUA criticam encontro de funcionária da ONU com política russa procurada
Notícias ao Minuto

08:42 - 25/05/23 por Lusa

Mundo TPI

"Estamos profundamente preocupados com o facto de uma alta diplomata da ONU se ter reunido com uma fugitiva sobre a qual pesa uma ordem de prisão do TPI por cometer crimes de guerra contra crianças", defendeu o porta-voz do Departamento de Estado norte-americano, Matthew Miller.

"Tal conduta mina o nosso compromisso comum de proteger as crianças em zonas de conflito", acrescentou o funcionário dos EUA em conferência de imprensa

O TPI emitiu em março passado um mandado de prisão para a comissária para os direitos da Criança na Rússia, Maria Lvova-Belova, acusada do crimes de guerra por deportar crianças ucranianas para a Rússia.

Lvova-Belova disse no seu 'site' na semana passada que teve uma reunião de trabalho com a representante especial da ONU para Menores e Conflito Armados, Virginia Gamba.

Miller denunciou que "a Rússia está a deportar à força crianças da Ucrânia", "negando aos pais e responsáveis legais o acesso a essas crianças", além de atribuir passaportes russos a menores ucranianos para "tentar tirar uma parte da sua identidade".

"As crianças estão entre os grupos mais vulneráveis e devem ser protegidas, especialmente em tempos de guerra. Continuamos a pedir a responsabilização por crimes de guerra", concluiu Miller.

Virginia Gamba visitou durante dois dias a Rússia, onde se reuniu com responsáveis políticos e obteve o seu compromisso sobre uma resposta à situação dos menores deslocados por causa da invasão russa da Ucrânia.

"Foram abordadas outras situações preocupantes para os menores relacionadas com o conflito armado, incluindo a questão da repatriação dos menores em situação de conflito para garantir o interesse superior do menor", referiu Gamba num comunicado divulgado no domingo.

Entre as figuras políticas com quem a funcionária da ONU se reuniu estava o chefe da diplomacia russa, Serguei Lavrov.

Contudo, foi o encontro com Lvova-Belova que lhe valeu duras críticas por parte de grupos de direitos humanos, que defenderam que a comissária russa deveria estar "atrás das grades em Haia, e não a reunir-se com altos funcionários da ONU".

De acordo com as autoridades ucranianas, foram documentados mais de 19.400 casos de menores transportados para zonas sob controlo russo, mas asseguram que o número poderá ser muito mais elevado.

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