A Justiça da Bielorrússia condenou na quarta-feira os três jornalistas, entre os quais Román Protasévich, que foi preso em 2021 quando o regime de Alexandr Lukashenko desviou à força um avião para Minsk.
"Román Protasévich e dois outros jornalistas foram condenados a longas penas de prisão no Dia Mundial da Liberdade de Imprensa. Mais uma prova do total desprezo do regime pela liberdade de expressão e pelo jornalismo independente", escreveu no Twitter Peter Stano, porta-voz do chefe da diplomacia comunitária, Josep Borrell.
Peter Stano acrescentou que os ataques contra jornalistas "devem parar" e que "todos os presos políticos devem ser libertados".
De acordo com o Tribunal Regional de Minsk, Román Protasévich, o único réu presente no julgamento, foi condenado a oito anos de prisão, enquanto Stepan Putilo, fundador do NEXTA, e Yan Rudik, editor-chefe, a 20 e 19 anos, respetivamente, por alegada conspiração para derrubar o regime bielorrusso, segundo o jornal Zerkalo.
O tribunal acabou por reduzir em dois anos a pena pedida para Róman Protasévich que, em 26 de abril, perante o juiz, lamentou e acusou a oposição no exílio de o ter usado.
Os três jornalistas foram acusados no chamado caso NEXTA, jornal declarado ilegal após ser classificado como uma "organização terrorista".
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