Vários congressistas dos EUA querem que o órgão fiscalizador de Wall Street exija que a empresa de moda Shein verifique e certifique que não usa trabalho forçado de membros do grupo étnico uigur.
Segundo relatos citados pela AFP, o grupo de 'fast fashion' usa algodão da região autónoma Uigur de Xinjiang, na China.
Grupos de direitos humanos denunciam que os uigures, de religião muçulmana, são encarcerados em massa em campos de trabalhos forçados e proibidos de expressar sua cultura.
"A Shein está a levantar capital agressivamente e planeia realizar uma oferta pública inicial antes do final deste ano fiscal", disseram os legisladores numa carta escrita em 1.º de maio.
"Pedimos que estabeleça regulamentações e ordene à Shein que certifique, por meio de uma verificação independente, que a empresa não usa trabalho forçado uigur como condição para se registar para a emissão de valores nos Estados Unidos", nota ainda a missiva.
Um porta-voz da Shein afirmou que a empresa não possui fornecedores na região de Xinjiang e que tem "tolerância zero" para o trabalho forçado.
Fundada na China em 2008 e atualmente sediada em Singapura, a Shein tornou-se num dos símbolos da moda de baixo custo e do crescimento económico chinês.
Pequim afirmou entretanto que a minoria étnica não está a ser reprimida e que realiza programas de reeducação para prevenir o terrorismo islâmico na região de Xinjiang.
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