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Jihad Islâmica promete vingar morte de detido em greve de fome em Israel

A Jihad Islâmica Palestiniana advertiu hoje que Israel "pagará o preço" pela morte de Jader Adnan, um membro do grupo que morreu depois de passar 86 dias em greve de fome numa prisão israelita.

Jihad Islâmica promete vingar morte de detido em greve de fome em Israel
Notícias ao Minuto

09:52 - 02/05/23 por Lusa

Mundo Israel/Palestina

"Consideramos o inimigo [Israel] responsável pelo crime do assassinato do mártir Jader Adnan", disse Mohamed al-Hindi, membro do comité político da Jihad Islâmica Palestiniana na Faixa de Gaza, citado pela agência espanhola EFE.

Adnan, 44 anos, foi encontrado inconsciente na cela ao início da manhã de hoje, e levado para um hospital, onde foi declarado morto.

Israel "pagará o preço por este crime e por todos os crimes contra os nossos prisioneiros e o nosso povo", disse Al-Hindi.

A declaração do dirigente da Jihad Islâmica Palestiniana coincidiu com o disparo de três foguetes de Gaza contra Israel, após a confirmação da morte de Adnan.

Os projéteis, que atingiram zonas abertas e não causaram danos nem feridos, ainda não foram reivindicados por qualquer fação palestiniana.

O movimento Hamas, que governa de facto a Faixa de Gaza, afirmou num comunicado que a morte de Adnan foi "um assassinato premeditado e a sangue-frio" por parte de Israel.

O Hamas acusou Israel de se ter recusado a libertar Adnan depois de o seu estado de saúde se ter deteriorado devido à greve de fome.

"O nosso povo, com todas as suas forças e fações, irá intensificar por todos os meios todas as formas de resistência e confrontar os crimes da ocupação [israelita] contra os prisioneiros e detidos", acrescentou o Hamas.

A partir da Cisjordânia ocupada, o Ministério dos Negócios Estrangeiros da Autoridade Nacional Palestiniana (ANP) exigiu uma "investigação internacional" sobre a morte de Adnan e afirmou que irá apresentar o processo ao Tribunal Penal Internacional.

Adnan iniciou a greve de fome em 05 de fevereiro, no mesmo dia em que foi detido.

As autoridades israelitas acusaram Adnan de terrorismo e de incitamento à violência por ser membro da Jihad Islâmica Palestiniana, uma organização considerada terrorista por Israel, pelos Estados Unidos e pela União Europeia.

Os serviços prisionais israelitas declararam que Adnan recusou cuidados médicos na prisão de Nitzan, em Ramla, uma cidade a cerca de 15 quilómetros de Tel Aviv, onde se encontrava detido.

Adnan tinha exigido ser transferido para um hospital e ver a família para poder ser tratado.

Foi a décima detenção de Adnan por Israel, que cumpriu várias penas de prisão devido à filiação na Jihad Islâmica.

Adnan já tinha feito greve de fome cinco vezes, a mais longa em 2012, quando passou 66 dias sem comer em protesto contra a detenção sem acusação ou julgamento.

Também já tinha estado em greve de fome durante 50 dias em 2015.

Leia Também: Palestina acusa Israel de "assassinar deliberadamente" jihadista detido

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