Palestina acusa Israel de "assassinar deliberadamente" jihadista detido

O primeiro-ministro palestiniano acusou hoje Israel de "assassinar deliberadamente" Jader Adnan, membro da Jihad Islâmica que morreu esta madrugada após mais de 80 dias de greve de fome em protesto contra a sua detenção.

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Lusa
02/05/2023 07:34 ‧ 02/05/2023 por Lusa

Mundo

Israel/Palestina

"A ocupação israelita e a sua administração prisional cometeram um assassínio deliberado contra o prisioneiro Jader Adnan, rejeitando o seu pedido de libertação, negligenciando-o do ponto de vista médico e mantendo-o na sua cela apesar da gravidade do seu estado de saúde", afirmou Mohamed Shtayeh.

Poucas horas após o anúncio da morte do palestiniano, três foguetes foram disparados de Gaza contra Israel.

Os foguetes caíram "em áreas abertas não povoadas" e não exigiram a ativação do sistema de interceção israelita, informou o exército em comunicado.

O palestiniano estava em greve de fome há quase três meses e morreu sob custódia israelita esta madrugada, anunciaram os serviços prisionais de Israel.

Jader Adnan iniciou a greve pouco depois de ter sido detido, a 05 de fevereiro.

O palestiniano tinha entrado em greve de fome várias vezes após anteriores detenções. Em 2015 fez uma greve de 55 dias para protestar contra a detenção ao abrigo da chamada detenção administrativa, na qual os suspeitos podem ser mantidos indefinidamente sem acusação ou julgamento.

Os serviços prisionais israelitas informaram que, desta vez, Adnan foi acusado de "envolvimento em atividades terroristas", mas que recusou tratamento médico enquanto decorriam os procedimentos legais. Adnan foi encontrado inconsciente na cela esta madrugada e transferido para um hospital, onde foi declarado morto.

Segundo o grupo israelita de defesa dos direitos humanos HaMoked, Israel mantém atualmente mais de mil palestinianos detidos sem acusação nem julgamento, o número mais elevado desde 2003.

Israel afirma que este processo ajuda as autoridades a impedir ataques e a deter militantes perigosos sem divulgar material incriminatório por razões de segurança.

Os palestinianos e os grupos de defesa dos direitos humanos afirmam que o sistema é largamente utilizado de forma abusiva e nega o direito a um processo justo, uma vez que a natureza secreta das provas impossibilita os detidos ou os seus advogados organizarem a sua defesa.

Leia Também: Palestinano em greve de fome há várias semanas morre em prisão israelita

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