Governo do Paquistão pede a demissão do presidente do Supremo Tribunal

O Governo do Paquistão exigiu hoje a demissão do presidente do Supremo Tribunal do país, Umar Bandial, na sequência da decisão de recusa do adiamento das eleições legislativas na província oriental do Punjab.

Notícia

© Reuters

Lusa
07/04/2023 16:55 ‧ 07/04/2023 por Lusa

Mundo

Paquistão

Os pedidos de renúncia surgem depois de na terça-feira o Supremo Tribunal do Paquistão ter declarado inconstitucional a decisão da comissão eleitoral do país de adiar as eleições na província oriental do Punjab para 08 de outubro.

A comissão eleitoral tinha anunciado em 22 de março que as eleições legislativas no Punjab, a província mais populosa do país e um importante reduto da oposição no país, seriam adiadas para 08 de outubro devido à falta de fundos e a situação de insegurança.

"A ordem de impugnação da data [das eleições] anunciada em 22.03.2023 pela Comissão Eleitoral do Paquistão é declarada inconstitucional, sem autoridade legal ou jurisdição, (...), sem efeito legal e fica anulada", referiu a decisão do tribunal, que marcou as eleições para 14 de maio, citada pela agência de notícias Europa Press.

No entender do Governo paquistanês, esta decisão do Supremo Tribunal é partidária e pretende ser um incentivo ao Movimento pela Justiça no Paquistão (PTI), partido do antigo primeiro-ministro Imran Jan.

Nesse sentido, foram já vários os pedidos de demissão do presidente do Supremo Tribunal do Paquistão, Umar Bandial, nomeadamente da ministra da Informação, Marriyum Aurangzeb, e vice-presidente do partido da Liga Muçulmana, Maryam Sharif.

Numa publicação feita no Twitter, Maryam Nawaz, uma das figuras políticas mais importantes do país, acusa o magistrado de ter cometido "violações flagrantes da lei e da Constituição", para favorecer Imran Jan e o PTI.

"Jamais algum juiz do Supremo foi acusado de ter uma conduta tão má. A sua inclinação para o PTI é evidente. O magistrado Bandial deve renunciar ao cargo", defendeu.

O Paquistão tem vivido um aumento na violência fundamentalista islâmica desde dezembro passado, quando o principal grupo rebelde paquistanês, o Tehreek-e-Taliban Pakistan (TTP), anunciou o fim do cessar-fogo assinado com o Governo paquistanês.

Leia Também: Há já 11 mortos no sismo que abalou o Afeganistão e o Paquistão

Partilhe a notícia

Escolha do ocnsumidor 2025

Descarregue a nossa App gratuita

Nono ano consecutivo Escolha do Consumidor para Imprensa Online e eleito o produto do ano 2024.

* Estudo da e Netsonda, nov. e dez. 2023 produtodoano- pt.com
App androidApp iOS

Recomendados para si

Leia também

Últimas notícias


Newsletter

Receba os principais destaques todos os dias no seu email.

Mais lidas