Mais de 75 pessoas afetadas por esta tragédia, que deixou 26 mortos e 22 feridos, apresentaram queixas contra o Governo federal, que acusaram de não ter impedido o autor do massacre de comprar uma arma de fogo, como a lei determina para pessoas com o perfil do indivíduo.
Este último, Devin Kelley, de 26 anos, um ex-cabo da Força Aérea, tinha sido condenado em 2012 por violência contra a mulher e agressões ao filho e também esteve internado numa clínica psiquiátrica quando era militar por ameaçar matar os seus superiores.
A lei federal proíbe pessoas condenadas por violência doméstica de comprar armas de fogo, mas a Força Aérea dos EUA não entregou o seu registo à polícia federal, que é responsável por verificar os registos criminais na venda de armas.
Armado com uma espingarda de assalto, Devin Kelley invadiu uma igreja na pequena cidade de Sutherland Springs, no Texas, quando decorria uma missa e abriu fogo contra os fiéis, incluindo crianças.
Um tribunal federal decidiu em 2021 que o Estado devia ser responsabilizado parcialmente pelo massacre e ordenou que pagasse 230 milhões aos demandantes. O Departamento de Justiça dos EUA recorreu e conseguiu baixar o valor das indemnizações.
O acordo anunciado hoje, que ainda precisa de ser aprovado por um tribunal, deverá pôr fim a este procedimento.
"Nenhuma palavra ou dinheiro pode mitigar a imensa tragédia de Sutherland Springs", disse Vanita Gupta, uma alta funcionária do Departamento de Justiça, num comunicado, sublinhando contudo que o acordo encerra "um capítulo difícil para as vítimas deste crime impensável".
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