Ucrânia: Polónia pretende entregar a Kyiv toda a sua frota de MiG-29

O presidente polaco Andrzej Duda declarou hoje em Varsóvia que o seu país pretende entregar a Kiev "no futuro" o conjunto da sua frota de caças MiG-29 de fabrico soviético.

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© WOJTEK RADWANSKI/AFP via Getty Images

Lusa
05/04/2023 14:55 ‧ 05/04/2023 por Lusa

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A Polónia, que já forneceu à Ucrânia oito MiG-29 e vai enviar em breve outros seis aparelhos, "estará no futuro em condições de transferir para a Ucrânia o conjunto da sua frota de MiG", num total de 30 aviões, e "em consonância com os seus aliados" da NATO, indicou Duda em conferência de imprensa conjunta com o homólogo ucraniano Volodymyr Zelensky, de visita à capital polaca. 

O chefe de Estado polaco explicou a necessidade de uma autorização pelo facto de os MiG-29 que permanecem no país terem sido "adaptados às normas da NATO", em particular a nível dos sistemas de comunicação e capacidade de assegurar missões de vigilância no espaço aéreo dos aliados.

"Ainda teremos necessidade", indicou, sugerindo que todos os aparelhos serão entregues a Kyiv quando se iniciar o envio dos novos caças sul-coreanos FA-50 e norte-americanos F-35, já encomendados pela Polónia.

Os primeiros 50 aviões de combate FA-50 deverão chegar à Polónia antes do final de 2023, enquanto os primeiros dos 32 aparelhos F-35 são esperados a partir de 2024.

Nas suas declarações, Duda também indicou que o seu país vai pedir garantias de segurança suplementar para a Ucrânia no decurso da próxima cimeira da NATO em Vilnius.

"Tentaremos obter para a Ucrânia (...) garantias de segurança suplementares que reforçarão o potencial militar da Ucrânia, e que reforçarão igualmente o sentimento de segurança do povo ucraniano", declarou.

Zelensky chegou esta manhã à Polónia para a sua primeira visita oficial ao país.

Para além do encontro com o homólogo polaco, Zelensky tem previstas conversações com o primeiro-ministro, Mateusz Morawiecki, antes de uma reunião com ucranianos residentes na Polónia e que se refugiaram no país vizinho na sequência da invasão militar russa em fevereiro de 2022.

Zelensky efetuou em dezembro de 2022 a primeira viagem ao estrangeiro após a invasão russa, ao deslocar-se aos Estados Unidos, efetuando no regresso uma escala em Varsóvia.

Posteriormente, viajou para Londres, Paris e Bruxelas, em fevereiro, efetuando também uma visita curta à Polónia antes do regresso à Ucrânia.

A ofensiva militar lançada a 24 de fevereiro de 2022 pela Rússia na Ucrânia causou até agora a fuga de mais de 14,6 milhões de pessoas -- 6,5 milhões de deslocados internos e mais de 8,1 milhões para países europeus --, de acordo com os mais recentes dados da ONU, que classifica esta crise de refugiados como a pior na Europa desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).

Neste momento, pelo menos 18 milhões de ucranianos precisam de ajuda humanitária e 9,3 milhões necessitam de ajuda alimentar e alojamento.

A invasão russa -- justificada pelo Presidente russo, Vladimir Putin, com a necessidade de "desnazificar" e desmilitarizar a Ucrânia para segurança da Rússia -- foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que tem respondido com envio de armamento para a Ucrânia e imposição à Rússia de sanções políticas e económicas.

A ONU apresentou como confirmados desde o início da guerra 8.451 civis mortos e 14.156 feridos, sublinhando que estes números estão muito aquém dos reais.

Leia Também: AO MINUTO: Putin e Lukashenko discutem segurança; China? "Preocupação"

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