O ex-presidente e atual vice-presidente do Conselho de Segurança da Rússia, Dmitry Medvedev, comentou, este domingo, a detenção do padre ortodoxo Pavel, do principal mosteiro de Kyiv, que foi acusado pelos Serviços de Segurança da Ucrânia de legitimar a invasão russa da Ucrânia.
Numa publicação na plataforma Telegram, Medvedev referiu que é possível ver “o tipo de bastardos enfurecidos e escória vil” que o presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, e a sua equipa são pelo que estão a fazer “em relação ao Kyiv Perchersk Lavra”, que é o principal mosteiro ortodoxo de Kyiv e ao qual o padre detido pertence.
“Tenho a certeza de que eles irão estar não apenas diante do tribunal do Homem, mas acima de tudo diante do Seu tribunal [de Deus]. E vão pagar por tudo o que fizeram”, garantiu.
Medvedev considerou que o destino de Zelensky “está escrito” e citou uma passagem do Livro do Apocalipse. “E a besta foi presa, e com ela o falso profeta, que fez diante dela os sinais com que enganou os que receberam a marca da besta e adoraram a sua imagem: ambos foram lançados vivos no lago de fogo, ardendo com enxofre”, citou.
Sublinhe-se que, no sábado, o padre Pavel foi acusado de incitar o ódio religioso e de justificar a invasão russa da Ucrânia. O mosteiro de Kyiv Pechersk Lavra foi alvo de buscas e o sacerdote detido.
O conflito entre a Ucrânia e a Rússia começou a 24 de fevereiro de 2022 com o objetivo, segundo Vladimir Putin, de "desnazificar" e desmilitarizar a Ucrânia para segurança da Rússia. A operação foi condenada pela generalidade da comunidade internacional.
A ONU confirmou que mais de oito mil civis morreram e cerca de 14 mil ficaram feridos na guerra, sublinhando que os números reais serão muito superiores e só poderão ser conhecidos quando houver acesso a zonas cercadas ou sob intensos combates.
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