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EUA. Senado aprova revogação de medida que aprovou guerra no Iraque

O Senado norte-americano aprovou hoje a revogação da resolução que deu 'luz verde' à invasão do Iraque em 2003, numa tentativa de retirar este tipo de poder à Casa Branca e devolvê-lo ao Congresso.

EUA. Senado aprova revogação de medida que aprovou guerra no Iraque
Notícias ao Minuto

19:29 - 29/03/23 por Lusa

Mundo eua/iraque

O senador da Virgínia, Tim Kaine, um Democrata que pressionou durante anos para revogar estes poderes presidenciais, destacou que a guerra teve "consequências enormes".

Os senadores votaram, 66 a favor e 30 contra, para revogar a medida de 2002 e também a autorização de 1991 que sancionou a Guerra do Golfo liderada pelos EUA.

A invasão do Iraque em 2003 deu-se depois de o Governo do Presidente George W. Bush ter alegado falsamente que Saddam Hussein estava a acumular armas de destruição em massam, e no conflito morreram centenas de milhares iraquianos e quase 5.000 soldados dos EUA.

Se aprovada pela Câmara de Representantes, não se espera que a revogação afete quaisquer destacamentos militares atuais, segundo a agência Associated Press (AP).

Mas os congressistas de ambos os partidos estão cada vez mais à procura de recuperar os poderes do Congresso sobre os ataques e destacamentos militares dos EUA, e alguns políticos que votaram a favor da Guerra do Iraque duas décadas antes dizem agora que isso foi um erro.

"Os americanos querem ver o fim das intermináveis guerras no Médio Oriente", frisou o líder da maioria no Senado, o Democrata Chuck Schumer, acrescentando que aprovar a revogação "é um passo necessário para deixar esses conflitos amargos para trás".

Os apoiantes da medida, onde se incluem quase 20 senadores Republicanos, referem que a revogação é crucial para prevenir abusos futuros e para reforçar que o Iraque é agora um parceiro estratégico dos Estados Unidos.

Os opositores sublinham que a revogação pode projetar fraqueza, já que os EUA ainda enfrentam conflitos no Médio Oriente.

"Os nossos inimigos terroristas não estão a terminar a sua guerra contra nós", realçou o líder Republicano no Senado, Mitch McConnell, que está em casa a recuperar de uma queda no início deste mês e falhou a votação.

O futuro da revogação da medida é menos certo na câmara baixa do Congresso norte-americano, onde 49 Republicanos se uniram aos Democratas para apoiar um projeto de lei semelhante há dois anos.

O presidente da Câmara dos Representantes, o Republicano Kevin McCarthy, sugeriu que está aberto a apoiar uma revogação, embora anteriormente se tenho oposto a esta.

No entanto, o congressista Michael McCaul, presidente Republicano do Comité dos Negócios Estrangeiros da Câmara, indicou que gostaria, em vez da revogação, de substituí-la por outra coisa, sem indicar em concreto a sua intenção.

A administração do Presidente Donald Trump citou a resolução da guerra do Iraque de 2002 como parte da sua justificação legal para um ataque de 'drones' dos EUA em 2020, que matou o general iraniano Qassim Soleimani.

No entanto, as duas resoluções de poderes de guerra raramente foram utilizadas como base para qualquer ação presidencial.

Cerca de 2.500 soldados dos EUA permanecem no Iraque a convite do Governo iraquiano e auxiliam e aconselham as forças locais.

Leia Também: Programa Alimentar sem "fundos" para manter ajuda humanitária no Iraque

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