O presidente da República Checa, Petr Pavel, considerou, esta quarta-feira, que o apoio do Ocidente à Ucrânia, invadida pela Rússia há mais de um ano, irá diminuir com o tempo. “Temos de ter em conta a fadiga da guerra”, alertou.
Em entrevista ao jornal alemão Sueddeutsche Zeitung, citado pela agência de notícias Al Jazeera, Pavel afirmou que o resultado das eleições presidenciais dos Estados Unidos da América (EUA), em 2024, irá ter um impacto na guerra e no apoio dos aliados à Ucrânia.
“Se o apoio dos EUA diminuir, o apoio de vários europeus também diminuirá. A Ucrânia deve ter isso em conta”, disse o presidente checo, que é um antigo general da aliança transatlântica NATO.
“Temos de ter em conta a fadiga da guerra e o que isso significa para o apoio dos países ocidentais. Isto irá diminuir com o tempo”, frisou, acrescentando que este ano será “decisivo”.
O conflito entre a Ucrânia e a Rússia começou a 24 de fevereiro de 2022 com o objetivo, segundo Vladimir Putin, de "desnazificar" e desmilitarizar a Ucrânia para segurança da Rússia. A operação foi condenada pela generalidade da comunidade internacional.
A ONU confirmou que mais de oito mil civis morreram e cerca de 13 mil ficaram feridos na guerra, sublinhando que os números reais serão muito superiores e só poderão ser conhecidos quando houver acesso a zonas cercadas ou sob intensos combates.
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