"Acreditamos que podemos alargar as tarefas [da missão da NATO] a outras áreas e estamos preparados para discutir isso", referiu o chefe da diplomacia iraquiana no início de um encontro na sede da Aliança Atlântica, em Bruxelas, com o secretário-geral da organização, Jens Stoltenberg.
Criada em 2018, a missão da NATO no Iraque não tem caráter ofensivo, mas visa assessorar, treinar e auxiliar as Forças Armadas e as instituições responsáveis pela segurança do país árabe, para que estejam melhor preparadas para estabilizar o seu território, combater o terrorismo e impedir o regresso do grupo 'jihadista' Estado Islâmico (EI).
Hussein reconheceu que a relação entre a NATO e o seu país é "muito boa e está a melhorar".
O governante iraquiano lembrou que recebeu "há uma semana", em Bagdade, o comandante da missão aliada no Iraque, o tenente-general Giovanni Iannucci.
"Tivemos uma boa discussão sobre as tarefas da NATO e a futura parceria e relacionamento com a NATO", frisou.
Fuad Hussein acrescentou que a missão da Aliança Atlântica no Iraque está a realizar "um ótimo trabalho", treinando as Forças Armadas e as instituições de segurança.
Já Jens Stoltenberg afirmou, por sua vez, que Hussein "mostra liderança no fortalecimento da parceria entre a NATO e o Iraque".
"A reunião de hoje é uma forma de avaliarmos a situação e trocarmos opiniões sobre como podemos fortalecer ainda mais a nossa parceria, como podemos fazer mais juntos. Claro, tudo o que fazemos no Iraque é em total respeito à soberania e integridade territorial" deste país, sublinhou o secretário-geral da organização.
A missão de treino da NATO no Iraque foi estabelecida em julho de 2018, a pedido do governo iraquiano.
Trata-se de uma missão que tem como objetivo treinar as forças locais em áreas que vão da resposta a dispositivos explosivos improvisados, ao planeamento civil e militar, à medicina militar e a manutenção de veículos armados.
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