Segundo as primeiras conclusões desta autoridade, "a formação do pessoal pela OSE [companhia ferroviária grega que gere a rede ferroviária] foi incompleta e, por isso, inadequada", em particular a dos gestores das estações.
A entidade reguladora dos caminhos-de-ferro gregos (RAS) considerou assim que "não foi possível provar" que "o pessoal do setor do tráfego, incluindo o chefe da estação envolvido no acidente, "tinha concluído" a formação teórica e prática.
No entanto, destacou, estas deficiências constituem uma ameaça "imediata e grave" à segurança dos viajantes que viajam de comboio.
A colisão frontal entre um comboio de passageiros e um comboio de carga na noite de 28 de fevereiro em Tempé, perto da cidade de Larissa (centro), provocou 57 vítimas mortais, entre as quais muitos jovens.
O gerente da estação de Larissa, de 59 anos, descrito pela imprensa local como inexperiente, foi detido cinco dias após a colisão, após assumir a responsabilidade pelo acidente.
Antes de chocarem frontalmente, os dois comboios circularam na mesma via durante vários quilómetros sem que nenhum alerta tivesse sido acionado.
O chefe da estação é acusado, em particular, de "homicídio culposo por negligência".
Além da responsabilidade deste chefe de estação, o estado degradado da rede ferroviária, os atrasos na modernização dos sistemas de sinalização e segurança, foram apontados para explicar o acidente ferroviário que suscitou uma onda de indignação na Grécia.
O primeiro-ministro Kyriakos Mitsotakis reconheceu as responsabilidades do governo e prometeu uma investigação "completa" para descobrir as causas desta "tragédia nacional", o pior acidente de comboios na Grécia nos últimos anos.
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