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Kyiv deteta movimentos russos no Mar Negro após incidente com 'drone'

A Ucrânia disse hoje que registou uma "atividade atípica" da Rússia no Mar Negro, que coincide com os esforços para recuperar os restos do 'drone' norte-americano contra o qual embateu um caça russo.

Kyiv deteta movimentos russos no Mar Negro após incidente com 'drone'
Notícias ao Minuto

19:00 - 16/03/23 por Lusa

Mundo Guerra na Ucrânia

Os Estados Unidos divulgaram hoje imagens do que diz ser um avião russo a despejar combustível por cima de um 'drone' de vigilância da Força Aérea norte-americana e a danificar a hélice do aparelho que sobrevoava o Mar Negro.

O vídeo, de 42 segundos, mostra um avião Su-27 russo a aproximar-se da parte de trás do 'drone' MQ-9 (aparelho aéreo não tripulado) e a libertar combustível à passagem, explicou o Departamento de Defesa dos Estados Unidos (Pentágono).

A porta-voz do Comando Sul da Ucrânia, Nataliya Humenyuk, destacou que os movimentos russos estão relacionados com a preparação de um novo ataque com mísseis russos contra a Ucrânia e com "os recentes acontecimentos com o 'drone' norte-americano", noticiou a agência ucraniana Unian.

Nataliya Humenyuk detalhou que atualmente existem "muitas unidades da frota auxiliar" e 20 navios russos no Mar Negro, dos quais quatro são porta-mísseis e "um está submerso".

Para a porta-voz do Comando Sul da Ucrânia, os russos estão a tentar dispersar os navios, para "cobrir o mais possível o teatro de operações navais no Mar Negro e tentando esconder as suas ações".

A estação de televisão norte-americana ABC referiu que navios russos chegaram na quarta-feira ao local onde o 'drone' MQ-9 Reaper da Força Aérea dos EUA afundou no dia anterior e que os russos terão recolhido "peças" do aparelho aéreo não tripulado.

A presidência russa (Kremlin) não quis comentar hoje se a Rússia vai tentar recuperar os restos do 'drone', depois do secretário do Conselho de Segurança da Rússia, Nikolai Pátrushev, ter assegurado na quarta-feira esses esforços.

Segundo os EUA, o 'drone' fragmentou-se em vários pedaços e afundou-se entre os 1.200 e 1.500 metros de profundidade, tendo sido tomadas providências para garantir que o aparelho não continha informações sigilosas.

A profundidade a que estão os restos do 'drone' é muito maior que os 108 metros a que estava o submarino nuclear russo Kursk, que afundou em 2000 e foi recuperado até à superfície, um ano depois, com a ajuda do Ocidente.

O trecho do vídeo divulgado pelo Pentágono não mostra o que aconteceu antes ou depois do alegado confronto e despejo de combustível em cima do 'drone'.

A Rússia garantiu que os seus aviões de guerra não atingiram o 'drone' e afirmou que o veículo aéreo não tripulado caiu depois de fazer uma manobra sobre o mar.

No campo de batalha, um porta-voz militar ucraniano, Oleksiy Dmytrashkivskyi, realçou que há uma semana houve entre 90 e 100 tentativas diárias de assalto da Rússia, enquanto agora não ultrapassam 29 devido a baixas e perda de equipamento militar, segundo o jornal ucraniano Armyinform.

O Instituto para o Estudo da Guerra (ISW, na sigla em inglês), uma organização com sede nos Estados Unidos que acompanha diariamente o curso do conflito na Ucrânia, indicou hoje que é provável que "a ofensiva russa na região de Lugansk esteja perto de terminar, se já não terminou".

Fontes militares ucranianas notaram "uma diminuição acentuada no número de ataques a esta cidade e arredores, particularmente nos últimos dias", indiciando o ocaso do ataque do Grupo Wagner a Bakhmut, na província vizinha de Donetsk.

A ofensiva militar russa no território ucraniano, lançada a 24 de fevereiro do ano passado, mergulhou a Europa naquela que é considerada a crise de segurança mais grave desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).

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