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Polícia paquistanesa reprime manifestação de apoiantes de Imran Khan

A polícia do Paquistão utilizou hoje canhões de água e gás lacrimogéneo contra um grupo de apoiantes do ex-primeiro-ministro paquistanês Imran Khan que estavam reunidos diante da sua residência, em Lahore, para tentar impedir a sua detenção.

Polícia paquistanesa reprime manifestação de apoiantes de Imran Khan
Notícias ao Minuto

16:07 - 14/03/23 por Lusa

Mundo Paquistão

Imran Khan convocou hoje os seus apoiantes a "irem para as ruas" para protestar contra as tentativas das autoridades de o deter.

"Acreditam que se me detiverem, a nação vai ficar a dormir. [Os seus apoiantes] têm de provar que [as autoridades] estão erradas", disse o ex-primeiro-ministro num vídeo publicado na rede social Twitter.

Khan pediu aos seus seguidores que se manifestassem em defesa dos seus direitos e da "verdadeira liberdade".

"Se for preso ou assassinado, é necessário mostrar que a luta continuará sem Imran Khan e não se aceitará a escravatura às mãos destes ladrões e da pessoa que toma decisões no país", declarou.

A polícia deslocou veículos blindados para a área do parque Zaman com a intenção de deter Khan, o que gerou confrontos com dezenas dos seus apoiadores, alguns dos quais atiraram pedras contra os polícias. Os incidentes acabaram por provocar ferimentos num oficial da polícia, de acordo com o jornal paquistanês Dawn.

Os incidentes ocorreram um dia depois um tribunal paquistanês emitir novamente mandados de detenção para o líder do partido paquistanês Tehrik-e-Insaf (PTI), por não comparecer a repetidas audiências relacionadas ao caso das prendas que recebeu quando servia como primeiro-ministro e que ocultou nas suas declarações ao fisco.

A lei permite que os funcionários do governo fiquem com as prendas, desde que paguem ao Estado uma fração do seu valor, previamente avaliado pelas autoridades.

Outro tribunal suspendeu hoje o mandado de detenção expedido contra o ex-primeiro-ministro num processo relacionado com ameaças feitas a uma juíza, um dia após a sua emissão, com o objetivo de tentar garantir a sua comparência em tribunal.

A juíza Rana Mujahid Rahim emitiu os mandados de detenção para Khan na segunda-feira, após uma nova audiência relacionada a sua alegada utilização de linguagem ameaçadora contra a juíza Zeba Chaudhri e vários polícias graduados na capital, Islamabade.

Durante esta audiência, os advogados de Khan garantiram que o líder do partido paquistanês Tehrik-e-Insaf estava disposto a participar por videoconferência, mas Rahim rejeitou o pedido, ordenou a sua detenção e a comparência no tribunal, marcada para 29 de março.

Em resposta, os advogados de Khan interpuseram recurso alegando que existem "ameaças à segurança contra a vida" do ex-primeiro-ministro paquistanês. O tribunal pediu tempo para rever esta petição.

Anteriormente, em 20 de agosto de 2022, o líder do PTI denunciou a polícia e o sistema judiciário pelas supostas torturas sofridas pelo seu principal assessor, Shahbaz Gil, e garantiu que apresentaria denúncias contra o inspetor-geral de polícia, Akbar Nasir Khan, e a juíza Zeba Chaudhri.

Em outubro, um tribunal paquistanês havia retirado as acusações de desacato contra o ex-primeiro-ministro Imran Khan, pelos comentários insultuosos sobre a juiza Zeba Chaudhrim, após se considerar que Khan "demonstrou honestidade ao pedir desculpas" publicamente à juíza.

Esta decisão tomada em outubro ocorreu um mês após o mesmo tribunal ter ordenado a retirada das acusações de terrorismo contra Khan em relação às suas declarações durante o referido protesto, em que criticou o sistema judiciário por manter uma atitude supostamente "preconceituosa" em relação ao seu partido, sublinhando que teriam que assumir as "consequências".

Khan tem criticado fortemente o seu sucessor, Shehbaz Sharif, e convocou manifestações nacionais contra o primeiro-ministro paquistanês.

Em novembro, Khan ficou ferido após levar um tiro na perna durante um destes protestos, cujas reivindicações incluem a convocação de eleições antecipadas.

Leia Também: Ministro paquistanês aborda rumo "doloroso" de mulheres no mundo islâmico

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