Meteorologia

  • 25 ABRIL 2024
Tempo
14º
MIN 13º MÁX 19º

Amnistia Internacional quer tratado sobre comércio de armamento não letal

O uso excessivo e incorreto de balas de borracha e outras armas menos letais pela polícia contra manifestantes pacíficos é cada vez mais comum, criticou hoje a Amnistia Internacional, pedindo regras para o comércio deste tipo de equipamento.

Amnistia Internacional quer tratado sobre comércio de armamento não letal
Notícias ao Minuto

15:45 - 14/03/23 por Lusa

Mundo Amnistia Internacional

urgente [a criação de] um Tratado de Comércio Livre de Tortura global para regular o comércio de equipamento de policiamento e para proteger o direito à manifestação pacífica", avançou a organização de defesa dos direitos humanos, em comunicado hoje divulgado.

Segundo a organização, o uso, de forma sistemática e indevida, de balas de borracha, de plástico e outras armas de aplicação da lei para suprimir com violência as manifestações pacíficas tem-se multiplicado por todo o mundo.

É um método usado pelas forças de segurança que "tem provocado mortes e deixado pessoas com graves ferimentos", alerta a Amnistia Internacional (AI).

No relatório hoje divulgado, intitulado 'My Eye Exploded' ('O meu olho explodiu', em português), a AI -- em conjunto com a Fundação Omega Research -- pede um "controlo rigoroso do uso destas armas" e "um tratado global para regular o seu comércio".

O apelo tem como base uma investigação realizada em mais de 30 países nos últimos cinco anos, refere a AI.

De acordo com a análise, milhares de manifestantes pacíficos e espetadores de manifestações ficaram feridos e até mutilados, e dezenas foram mortos pela "utilização frequente, imprudente e desproporcionada de armas menos letais, como projéteis de impacto cinético, balas de borracha e granadas de gás lacrimogéneo" disparadas diretamente contra as pessoas.

O controlo global juridicamente vinculativo do fabrico e comércio de armas menos letais é "urgentemente necessário", devendo ainda ser adotadas "diretrizes concretas e efetivas sobre o uso da força, de forma a combater este ciclo crescente de abusos", sublinhou o investigador da AI para questões militares, de segurança e de policiamento, Patrick Wilcken, citado no relatório.

"Um Tratado de Comércio Livre de Tortura proibiria toda a produção e comércio de armas e de equipamento de natureza abusiva", que têm provocado ferimentos graves em muitos manifestantes pacíficos e mortes em todo o mundo, reforçou, investigador associado da Fundação Omega Research, Michael Crowley.

Leia Também: Ucrânia. EUA vigiam possível desvio de armamento para o Irão pela Rússia

Recomendados para si

;
Campo obrigatório