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Parlamento alemão alerta para as carências do exército

A comissária de Defesa do parlamento alemão, Eva Hogl, disse hoje que o exército da Alemanha continua com muitas carências, apesar das promessas de investimento militar por parte do Governo.

Parlamento alemão alerta para as carências do exército
Notícias ao Minuto

13:28 - 14/03/23 por Lusa

Mundo Eva Hogl

"O exército carece de tudo, e tem ainda menos desde 24 de fevereiro de 2022", disse Hogl, referindo-se à data do início da invasão russa da Ucrânia.

Durante a apresentação do seu relatório anual no parlamento sobre o exército alemão, a comissária mencionou falhas no equipamento, mas também em treinos e exercícios militares.

"Não temos tanques suficientes para formar outros, para treinarmos e para ter os meios necessários para assumirmos um compromisso (...) faltam barcos e navios, faltam aviões", enumerou Hogl.

A comissária lembrou que o chanceler alemão, Olaf Scholz, tinha anunciado um investimento de 100 mil milhões de euros, poucos dias após o início da invasão russa da Ucrânia, e criticou o facto de, até agora, ainda não ter sido gasto "um euro ou um centavo desse fundo especial".

"É por isso que peço que esse dinheiro, fundamental para o exército, chegue rapidamente às tropas e que este ano algum equipamento seja adquirido de forma tangível", disse Hogl.

A comissária de Defesa pediu ainda que o Governo preencha as lacunas de equipamento que foram acentuadas pelas recentes entregas de tanques, veículos blindados ou munições à Ucrânia.

No final de setembro passado, Olaf Scholz disse que queria que a Alemanha tivesse as Forças Armadas "mais bem equipadas da Europa".

No entanto, várias décadas de subinvestimento na Defesa transformam esta meta num desafio de grande envergadura.

O atual ministro da Defesa alemão, Boris Pistorius, estimou as necessidades orçamentais do exército em 10 mil milhões de euros adicionais a cada ano na próxima década.

A ofensiva militar russa no território ucraniano, lançada a 24 de fevereiro do ano passado, mergulhou a Europa naquela que é considerada a crise de segurança mais grave desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).

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