O principal conselheiro presidencial ucraniano, Mykhailo Podolyak, criticou, esta segunda-feira, o ministro dos Negócios Estrangeiros da Hungria, Péter Szijjártó, acusando-o de fazer de "advogado do diabo" e aconselha-o a "estudar" a história com "mais atenção".
Em causa está uma entrevista do governante húngaro, transmitida no domingo, na qual defendeu que o conflito só pode terminar com um cessar-fogo, condenando as soluções encontradas pela Europa, como as sanções e o envio de armamento para a Ucrânia.
"Ser o advogado do diabo às vezes é benéfico, mas na maioria das vezes leva a um fiasco histórico. Quando a Hungria (#Szijjártó) diz que 'o objetivo é parar de matar pessoas e cessar-fogo', pede a rendição da Ucrânia e defende o ru-genocídio. Vale a pena estudar a história com mais atenção", escreveu Podolyak, numa publicação divulgada no Twitter.
Being a devil's advocate is beneficial sometimes but more often it leads to a historic fiasco. When 🇭🇺 (#Szijjártó) says that "the goal is to stop killing people & cease fire", it calls for the surrender of 🇺🇦 & advocates ru-genocide. It’s worth studying history more attentively.
— Михайло Подоляк (@Podolyak_M) March 6, 2023
Recorde-se que, apesar de pertencer à União Europeia, a Hungria, considerado o maior aliado de Moscovo entre os Estados-membros, tem vindo a criticar, reiteradamente, a aplicação de sanções à Rússia e envio de armas a Kyiv.
A invasão russa, que teve início a 24 de fevereiro do ano passado, já provocou a morte a de, pelo menos, 8.000 civis. Além disso, mais de 13.000 ficaram feridos, segundo dados da Organização das Nações Unidas (ONU).
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