Perante mais 3.000 pessoas, numa manifestação em Tunes, o líder do UGTT, Noureddine Taboubi, referiu 20 detenções recentes de opositores, incluindo líderes da principal coligação contra o Presidente, e um sindicalista por ter lançado uma greve nas portagens das autoestradas.
"Nunca aceitaremos estas práticas de detenções", vincou, acrescentando que o sindicato, que diz contar com cerca de um milhão de membros, está "tão unido como os cinco dedos de uma mão", disse, citado pela agência France-Presse (AFP).
Taboubi, Nobel da Paz em 2015 por promover o diálogo político, criticou os "acertos de contas e comentários que dividem a sociedade".
"Apresentamos uma iniciativa (reformadora) com outros e é como se tivéssemos cometido um crime", acusou, tendo insistido na necessidade de um diálogo e de "mudanças pacíficas e democráticas".
No discurso de Taboubi, o líder sindical registou, também, que a UGTT não foi informada em detalhe sobre as negociações entre o Governo e o Fundo Monetário Internacional (FMI), sobre uma ajuda de quase 2.000 milhões de dólares.
A Tunísia, com uma dívida pública que representa 80% do PIB, tem as negociações com o FMI paradas desde meados de outubro.
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