Novos documentos divulgados pela família de Gabby Petito, a influencer norte-americana de 22 anos que morreu às mãos do noivo, Brian Laundrie, no verão de 2021, revelaram que as autoridades de Moab consideraram que o jovem de 23 anos parecia “um bully emocional”, quando o casal foi interpelado na sequência de uma denúncia por violência doméstica, em que Petito foi encarada como a agressora.

Este encontro ocorreu a 12 de agosto, duas semanas antes da morte da jovem, tendo o agente Eric Pratt admitido que Laundrie parecia “ser uma ameaça emocional” para Petito, bem como “um bully emocional”, cita a ABC News.

“Conheço este tipo de homens. Brian não se safava por ser giro. Brian era mais suspeito do que um protesto comunista chinês”, terá dito.

De notar que os pais de Gabby Petito, Joe Petito e Nichole Schmidt, estão a processar a polícia de Moab tanto por negligência na contratação e treino dos seus agentes, como pela forma como os seus efetivos lidaram com aquela denúncia por violência doméstica.

Na altura, uma testemunha disse ter visto Brian a agredir Gabby, tentando tirar-lhe o telemóvel e deixá-la em frente a uma mercearia de Moab. Mais tarde, as autoridades localizaram o casal, tendo a jovem confessado que andavam a discutir mais frequentemente e que tinha agredido Brian numa dessas ocasiões.

Os agentes consideraram, por isso, que a influencer era a agressora na situação, apesar do seu estado fragilizado, recomendando que passassem a noite separados. Na verdade, uma fotografia divulgada pelos advogados da família Petito mostra hematomas, cortes e sangue na cara de Gabby, que terão sido ignorados pelas autoridades, na ótica dos seus entes queridos.

© Parker & McConkie

Recorde-se ainda que a família de Gabby está também a processar Roberta e Christopher Laundrie por danos emocionais, alegando que os pais do noivo da filha recusaram atender as suas chamadas e mensagens quando esta desapareceu. Além disso, acreditam que a família tinha conhecimento que o filho tinha assassinado a jovem.

O casal partiu, em julho de 2021, numa viagem pelo país, para visitar os parques nacionais dos Estados Unidos. No entanto, Brian regressou à Flórida sozinho, no dia 1 de setembro, o que desencadeou uma busca desenfreada por Gabby, após o alerta da família, no dia 11 de setembro.

O corpo da jovem viria a ser encontrado no Parque Nacional de Grand Teton, a 19 de setembro. Segundo o médico legista, Gabby, que tinha sinais de estrangulamento, foi morta três a quatro semanas antes de ter sido encontrada, pelo que os pais da jovem acreditam que a filha foi assassinada no dia 27 de agosto, de acordo com o processo judicial.

Também Brian acabou por desaparecer, sendo encontrado morto numa reserva natural daquele estado norte-americano, alegadamente por suicídio. Perto do local, as autoridades localizaram ainda um caderno em que o jovem confessava ser o responsável pela morte de Gabby.

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