Justiça peruana pede prisão preventiva para ex-presidente Castillo

O Ministério Público peruano pediu esta terça-feira 36 meses de prisão preventiva para o ex-Presidente Pedro Castillo (2021-2022), que já se encontra detido, por crimes de organização criminosa, conluio e tráfico de influência.

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© Carlos Garcia Granthon/Fotoholica Press/LightRocket via Getty Images

Lusa
01/03/2023 07:14 ‧ 01/03/2023 por Lusa

Mundo

Peru

O pedido de prisão preventiva contra Castillo e os ex-ministros Juan Silva Villegas e Geiner Alvarado Lopez foi divulgado na conta oficial da rede social Twitter do Ministério Público.

A justiça peruana explicou que esta exigência de prisão preventiva por 36 meses corresponde "ao processo pelos crimes de organização criminosa, conluio e tráfico de influência".

Além disso, o Ministério Público solicitou prisão preventiva contra o ex-ministro dos Transportes e Comunicações, Juan Silva Villegas, como alegado autor do crime de organização criminosa e conluio simples, e contra o ex-ministro da Habitação, Construção e Saneamento, Geiner Alvarado, como alegado autor do crime de organização criminosa.

Castillo está detido desde 07 de dezembro de 2022, tentativa fracassada do ex-Presidente Pedro Castillo de dissolver o Congresso, governar por decreto e convocar no imediato eleições para uma assembleia constituinte.

Acusado de autogolpe de Estado, a justiça decretou 18 meses de prisão preventiva contra o ex-Presidente em 16 de dezembro, enquanto é investigado pelos crimes de rebelião e formação de quadrilha.

Agora, o Ministério Público pediu 36 meses de prisão preventiva, mas desta vez pela alegada liderança de Castillo durante o seu Governo de uma organização dedicada a obter dinheiro em troca de concursos fraudulentos de obras públicas.

Esta investigação do Ministério Público foi oficializada depois do Congresso ter aprovado, em 17 de fevereiro, o relatório final de uma reclamação constitucional contra o ex-Presidente, etapa prévia necessária.

O ex-Presidente já não possui a imunidade com que contava por se tratar de um caso ocorrido durante o seu mandato como chefe de Estado.

Após a detenção de Castillo em dezembro passado, iniciaram-se no Peru manifestações antigovernamentais que já causaram 70 mortos.

A crise política que abala o Peru é também reflexo do enorme fosso entre a capital e as províncias pobres que apoiam o ex-Presidente Castillo, de origem ameríndia, e que nunca foi aceite no Palácio Presidencial pela elite e a oligarquia da capital, e pelos principais 'media' na posse de abastados empresários.

Os manifestantes exigem a renúncia da Presidente Dina Boluarte, o encerramento do Congresso, a antecipação das eleições e a convocação de uma assembleia constituinte.

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