Uma jornalista russa foi multada por "desacreditar" o exército russo, refere esta terça-feira a agência de notícias independente Mediazona.
Yulia Starostina foi multada em 50.000 rublos (cerca de 630 euros) depois de dar uma entrevista à emissora independente Dozhd, na qual descreveu a sua tatuagem anti-guerra.
Na entrevista, realizada a 31 de dezembro, a jornalista descreveu como se sentia responsável pela guerra e acreditava que era necessário detê-la.
Ela também disse que sua tatuagem anti-guerra era um lembrete de que "o amor e a amizade são mais fortes que a guerra", relata o Moscow Times .
A defesa da jornalista, Yulia Tregubova, pediu um exame linguístico das palavras de Starostina, mas a juíza Alesya Orekhova recusou. Tregubova insistiu na inocência da mulher, já que as declarações pacifistas não podem ser consideradas "desacreditadoras" das Forças Armadas - Starostina apenas usou o seu direito constitucional à liberdade de expressão, sem proferir avaliações específicas sobre a atuação dos militares.
Após a invasão da Ucrânia no ano passado, o Kremlin proibiu os meios de comunicação do país de usar a palavra "guerra" ou "invasão", censurando os conteúdos jornalísticos.
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