Mais de 130 pessoas morreram, a maioria afogadas, no desmoronamento de uma ponte pedonal suspensa em Morbi, no estado de Gujarat, na costa oeste da Índia.
As autoridades indianas estimaram que 500 pessoas, incluindo crianças, estavam na ponte pedonal e nas proximidades, a cumprir rituais religiosos, quando os cabos que suportavam a estrutura cederam.
De acordo com a agência Europa Press, a equipa responsável pela investigação ao incidente concluiu que o desgaste, aliado a uma má combinação na soldadura dos materiais, entre peças novas e antigas, acabou por provocar o colapso da suspensão da ponte.
Nove trabalhadores da Ajanta Manufacturing Limited, empresa responsável pela manutenção da ponte, construída em 1887 sobre o rio Machchu, foram detidos.
A equipa de investigadores sugeriu inclusivamente que 20 cabos poderiam estar partidos antes da quebra do cabo principal, que provocou a tragédia.
"Observou-se que, dos 49 fios [desse cabo], 22 estavam corroídos, indicando que poderiam estar partidos antes do incidente. Os 27 fios restantes quebraram recentemente", lê-se no relatório.
A ponte, com 233 metros de comprimento, data da época colonial britânica e tinha sido reaberta ao público cinco dias antes do colapso, depois de sete meses de obras, sem que tenha sido emitido um certificado de segurança pelas autoridades, disse na altura o autarca de Morbi, Sandeepsinh Jhala.
Os acidentes em infraestruturas antigas e mal conservadas são frequentes na Índia, sobretudo em pontes.
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