Phalatse, de 45 anos e que foi suspensa das funções no ano passado antes de um tribunal declarar esse afastamento como ilegal, não conseguiu superar uma nova moção de censura apresentada na quinta-feira por três partidos minoritários, incluindo o partido Al Jama-ah (A Congregação), a que pertence Amad, que acusaram a presidente da câmara de fomentar a instabilidade institucional.
Amad obteve 138 votos contra os 81 votos alcançados por Phalatse, que havia anunciado a intenção de se apresentar novamente, e um terceiro candidato, Funzi Ngobeni, noticiou a estação de televisão sul-africana News24.
O novo presidente da câmara, de 41 anos, é o líder local do seu partido em Joanesburgo.
O partido da anterior presidente de câmara, Aliança Democrática (DA, na sigla em inglês), considera que a demissão de Phalatse é uma manobra política orquestrada pelo histórico Congresso Nacional Africano (ANC), partido no poder em Pretória.
Segundo o DA, o ANC tenta há anos fazer do novo presidente de câmara a ponta de lança para conquistar a edilidade, numa movimentação semelhante à ocorrida em 2018, quando o partido do governo retirou também ao Aliança Democrática o controlo do município da Bahia Nelson Mandela, segundo fontes do jornal The Citizen.
A eleição de Amad constitui de algum modo uma surpresa, já que o seu partido detém apenas três dos 270 lugares do conselho municipal, e ocorre após meses de manobras políticas e batalhas legais.
Em 2021, Mpho Phalatse tornou-se a primeira mulher negra a liderar Joanesburgo, depois de o ANC registar os piores resultados nas eleições municipais desde a instauração da democracia em 1994.
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