"Camaradas, temos o dever revolucionário de defender a Luthuli House", declarou uma das militantes do partido no poder, através de um altifalante, apelando depois à calma quando se dirigia aos militantes do ANC no centro da cidade de Joanesburgo, a capital económica da África do Sul.
Os militantes do ANC, que entoavam canções da luta de libertação e empunhavam varas e armas brancas e também bandeiras e camisolas do partido no poder, acusaram os agentes da polícia de "protegerem os brancos".
A polícia lançou vários petardos na tentativa de impedir a violência dos militantes do ANC, no centro da cidade, onde foram instaladas vedações para separar os militantes do partido no poder da ação de protesto pacífica contra a atual crise energética no país.
A manifestação, organizada pelo maior partido da oposição sul-africana, Aliança Democrática (DA, na sigla em inglês), juntou hoje em Joanesburgo, a capital económica do país, e na Cidade do Cabo, mais de três mil pessoas, incluindo várias organizações da sociedade civil.
Os organizadores da ação de protesto contra a atual crise de energia no país pretendem entregar na tarde de hoje um memorando na sede nacional do ANC, a Lutuli House, no centro de Joanesburgo.
Os sul-africanos enfrentam diariamente apagões de pelo menos 12 horas, sendo que a situação precária da empresa pública responsável por 90% da produção nacional, a endividada Eskom, está na origem da crise de eletricidade de longo prazo na economia mais desenvolvida do continente africano.
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