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Espanha. Suspeito de enviar cartas-bombas queria acabar com apoio a Kyiv

O crime foi levado a cabo por Pompeyo Gonzalez Pascual, que está a ser formalmente investigado por dois alegados crimes agravados de terrorismo e por quatro acusações de terrorismo.

Espanha. Suspeito de enviar cartas-bombas queria acabar com apoio a Kyiv
Notícias ao Minuto

15:11 - 27/01/23 por Notícias ao Minuto

Mundo Ucrânia/Rússia

Um espanhol de 74 anos de idade, detido pelo envio de uma série de cartas-bomba a várias instituições do país, incluindo o gabinete do primeiro-ministro e a Embaixada da Ucrânia em Madrid no final de 2022, estaria a tentar pressionar as autoridades nacionais para que deixassem de apoiar a Ucrânia na sua defesa contra a Rússia.

O crime foi levado a cabo por Pompeyo Gonzalez Pascual, que está a ser formalmente investigado por dois alegados crimes agravados de terrorismo e por quatro acusações de terrorismo, segundo revelou o mesmo magistrado, aqui citado pela Reuters, durante a primeira audiência judicial do indivíduo.

O tribunal ordenou que o indivíduo permanecesse detido até que fosse formalmente acusado ou até à realização de próximas audiências.

Segundo reporta a mesma agência noticiosa, sabe-se ainda que o suspeito terá utilizado aplicações de mensagens russas, como a VK, e o serviço de correio eletrónico encriptado Protonmail durante todo o processo - o que, revelou o magistrado, sustenta um eventual perigo de fuga pendente sobre este indivíduo. 

As mais recentes informações dão ainda conta de que Pompeyo Gonzalez Pascual terá agido sozinho. "Não há qualquer indicação de que a pessoa sob investigação pertença ou colabore com qualquer gangue terrorista ou grupo organizado", explicou ainda o magistrado, numa declaração.

Recorde-se que o primeiro destes pacotes foi enviado a 24 de novembro para o Palácio da Moncloa (sede do governo espanhol) e dirigido a Pedro Sánchez.

Dois pacotes semelhantes foram recebidos, depois, pela embaixada da Ucrânia em Madrid e pela dos Estados Unidos na quinta-feira.

Outras cartas armadilhadas foram igualmente enviadas para o Ministério da Defesa, o Centro de Satélites da base aérea de Torrejón de Ardoz (Madrid) e a empresa de armas Instalaza, em Saragoça.

Só um dos pacotes armadilhados causou um ferido ligeiro, quando um trabalhador da embaixada da Ucrânia abriu o envelope e sofreu ferimentos nas mãos.

A guerra na Ucrânia, que teve início a 24 de fevereiro, tirou já a vida a mais de sete mil civis, com outros 11 mil a terem ficado feridos, segundo os cálculos da Organização das Nações Unidas (ONU).

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