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EUA. Hospital indemniza mulher surda que alega discriminação

Kaylah Vogt garante que não foi contratada por ser surda.

EUA. Hospital indemniza mulher surda que alega discriminação
Notícias ao Minuto

17:59 - 19/01/23 por Notícias ao Minuto

Mundo Estados Unidos

Uma mulher que queria ser rececionista num hospital em Robbinsdale, nos Estados Unidos, vai ser indemnizada pelo hospital, após ter vencido um processo no qual se queixou de não ser contratada por ser surda.

Segundo a NBC News, o hospital de North Memorial Health, no estado norte-americano do Minnesota, vai pagar cerca de 180 mil dólares (cerca de 166 mil euros) à queixosa, Kaylah Vogt.

Vogt processou a unidade hospitalar no ano passado, afirmando que o hospital a discriminou depois de saber da sua deficiência. A mulher concorreu em julho de 2020 para ser rececionista no local, recebendo os visitantes e apontando direções, garantindo ainda que eram cumpridas as normas relativas à Covid-19 e ao uso de máscaras.

Segundo explica Vogt, a sua entrevista foi feita através de um serviço de chamadas online com um interpretador de linguagem gestual. A mulher explicou que consegue comunicar verbalmente e com linguagem gestual, e garante que tem ferramentas para perceber o que as pessoas lhe dizem "sem qualquer dificuldade".

No entanto, pouco depois, o hospital recusou a sua candidatura. Apesar de negar que tenha agido de forma danosa, o North Memorial Health garante que "não discriminou contra Kaylah Vogt". Depois da sentença, sabida na quarta-feira, a unidade hospital reconhece os problemas de recrutamento e mostrou-se "comprometida nas suas práticas de contratação inclusivas e acolhem as contribuições únicas, as experiências e as competências de todos os membros e possíveis membros da equipa".

Segundo o processo citado pela NBC News, as duas partes acordaram a indemnização e alterações à política de contratação, de modo a garantir que esta não viola legislação contra a discriminação de pessoas com deficiência.

Uma organização não-governamental que apoia os direitos das pessoas deficientes, a Equal Employment Opportunity Commission, que defendeu Vogt em tribunal, mostrou-se "agradada" com a decisão, vincando que "infelizmente, alguns recrutadores continuam a discriminar contra pessoas surdas com base em mitos, medos e estereótipos.

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