Multa contra Organização Trump não chegará para pagar casa na Trump Tower
A organização vai conhecer hoje a sentença por uma série de crimes financeiros. O antigo presidente reitera que o processo teve motivações políticas.
© Getty Images
Mundo Donald Trump
A Organização Trump, que detém o longo portefólio de propriedades do antigo presidente norte-americano, vai conhecer, esta sexta-feira, a sentença que terá de cumprir pelo crime de fraude fiscal, mas a sentença máxima não marcar substancialmente as atividades económicas de Donald Trump.
Em dezembro, a organização foi condenada por 17 crimes de fraude fiscal, conspiração e falsificação de registos financeiros da empresa, em práticas empresariais que remontam a 2016.
No entanto, como se trata de uma organização, e não de uma pessoa, a pena máxima que o juiz Juan Manuel Merchan pode decidir é de 1,6 milhões de dólares (mais de 1,4 milhões de euros), como está previsto pela lei, segundo conta a Associated Press. O valor corresponde ao dobro dos impostos que um grupo de empresários na organização não pagou, sobre apartamentos de luxo, carros e propinas numa escola privada.
Assim, a multa máxima que a Organização Trump poderá pagar acaba por ser bastante reduzida, quando comparada com o valor de algumas propriedades que gere. Por exemplo, em fevereiro, o futebolista português Cristiano Ronaldo vendeu o seu apartamento na Trump Tower, por 6,3 milhões de euros.
Ainda hoje, em sites de compra de imóveis, é possível verificar que existem apartamentos à venda na torre dourada, no centro de Manhattan, por mais de 4 milhões de dólares. De recordar que, além da Trump Tower e de um vasto portefólio de propriedades no setor imobiliário, a organização também gere campos de golfe, restaurantes, hotéis, casinos, entre outros negócios.
Nem Donald Trump, nem a sua família, marcaram presença no tribunal em qualquer fase do processo. Em vez disso, o antigo presidente passou por acusar o processo de politicamente motivado por democratas e os seus advogados vão recorrer da decisão.
A agência salienta que, embora a nível financeiro, o processo terá pouca relevância para a Organização Trump, uma condenação destas poderá prejudicar futuros acordos entre a organização e outras empresas. Referem também que isto pode causar danos à reputação de Donald Trump como um empresário de sucesso, numa altura em que o antigo presidente procura voltar à Casa Branca, após anunciar a sua candidatura no final do ano passado.
A única pessoa detida e condenada no âmbito do processo de fraude da Organização Trump foi Allen Weisselberg, o diretor financeiro (ou CFO) da empresa, que declarou-se culpado no verão passado de evasão fiscal em cerca de 1,5 milhões de euros em impostos. Weisselberg foi condenado a cinco meses de prisão.
O diretor financeiro confessou que recebeu um apartamento em Manhattan, que ele e a sua mulher receberam carros de luxo e que os seus netos viram as suas propinas pagas num colégio privado em Nova Iorque. Em nenhum destes negócios foram pagos impostos, e tanto Weisselberg como a Organização Trump vincaram que este agiu sozinho e de forma irresponsável, apesar de a acusação apontar para o facto de Donald Trump ter assinado os documentos que providenciaram o apartamento ao empresário.
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