Diretor financeiro da empresa de Trump condenado por fuga aos impostos
Allen Weisselberg, diretor financeiro de longa data do império empresarial de Donald Trump, cujo testemunho contribuiu para a condenação da empresa por fraude fiscal, foi hoje condenado a cinco meses de prisão por escapar a impostos.
© Getty
Mundo EUA
Weisselberg, de 75 anos, que já se tinha declarado culpado das acusações de ter falsificado a contabilidade da empresa e a sua própria remuneração para reduzir de forma ilegal os seus impostos, foi condenado por sonegar impostos sobre 1,7 milhões de dólares (1,5 milhões de euros) em regalias.
O responsável financeiro da Trump Organization, onde trabalhou desde meados de 1980 até à sua detenção, conheceu a sentença em agosto, quando se declarou culpado de 15 crimes fiscais e aceitou testemunhar contra a empresa.
Após conhecer a pena, Allen Weisselberg foi algemado e levado sob custódia para o complexo prisional de Rikers Island, em Nova Iorque, noticiou a agência Associated Press (AP).
Como parte do acordo judicial, o juiz Juan Manuel Merchan também determinou que Weisselberg pagasse quase 2 milhões de dólares (cerca de 1,8 milhões de euros) em impostos, multas e juros, que foram pagos em 03 de janeiro.
Além disso, o juiz ordenou que Weisselberg completasse cinco anos de liberdade condicional após a sua sentença na prisão terminar.
O diretor financeira da Trump Organization enfrentava até 15 anos de prisão, caso tivesse negado o acordo ou se não testemunhasse com sinceridade no julgamento sobre a empresa do ex-Presidente norte-americano.
Weisselberg testemunhou durante três dias, o que permitiu um vislumbre do funcionamento interno do império imobiliário de Trump, e confessou que traiu a confiança da família Trump ao conspirar com um subordinado para esconder mais de uma década de extras do seu rendimento, incluindo um apartamento em Manhattan, carros de luxo e as mensalidades de uma escola particular dos seus netos.
Um júri de Manhattan condenou a Trump Organization por cumplicidade num esquema protagonizado por executivos de topo com o objetivo de evitar pagar taxas sobre privilégios associados (os chamados 'fringe benefits' em inglês).
A Trump Organization deve ser sentenciada esta sexta-feira e enfrenta uma multa de até 1,6 milhões de dólares (cerca de 1,5 milhões de euros).
Weisselberg testemunhou que nem Trump nem a família deste sabiam sobre o esquema enquanto estava a acontecer: "Foi minha própria ganância pessoal que levou a isso".
Mas durante a sua intervenção final, o procurador Joshua Steinglass procurou refutar a tese de que Trump ignorava o que se passava em relação ao esquema. Mostrou aos jurados um contrato de 'leasing' assinado por Trump para o apartamento destinado a Weisselberg, pago pela empresa, e um documento em que Trump autorizava uma redução do pagamento a outro executivo, que também beneficiava de privilégios.
"Trump sancionou explicitamente a fraude fiscal", acentuou Steinglass.
Leia Também: Trump: "Quando é que o FBI vai invadir as muitas casas de Joe Biden?"
Descarregue a nossa App gratuita.
Oitavo ano consecutivo Escolha do Consumidor para Imprensa Online e eleito o produto do ano 2024.
* Estudo da e Netsonda, nov. e dez. 2023 produtodoano- pt.com