"Descobrimos o maior depósito de terras raras da Europa, e vamos continuar a explorar", disse Jan Moström, CEO (Chief Executive Officer) da LKAB, numa conferência de imprensa a partir do interior da mina de minério de ferro de Kiruna, no norte da Suécia.
A exploração inicial do depósito, chamado Per Geijer, sugere que contém 585 milhões de toneladas de minério, incluindo apatite mineral, que contém fósforo e outros elementos raros.
A LKAB acredita que um milhão de toneladas do depósito são óxidos, incluindo praseodímio ou neodímio, que são utilizados para produzir ímanes permanentes que são depois incorporados em veículos elétricos.
A concentração de terras raras encontradas é de 0,18% do volume de mineral armazenado, mas o seu grande volume torna potencialmente "rentável e sustentável" explorá-lo para o converter em metais para uso industrial, disse à EFE David Hognelid, chefe da estratégia de produtos especiais da LKBA.
A empresa já começou a preparar as galerias de acesso ao depósito, localizado a cerca de 700 metros da mina de ferro de Kiruna, para poder investigar "em profundidade e pormenor".
O chefe da LKAB previu que será necessário "um ou dois anos" para saber quando será possível começar a explorar estas reservas, o que, às taxas atuais, exigiria "dez ou quinze anos", mas está confiante de que pode ser acelerado.
O anúncio "mostra que existem conclusões importantes para a transição verde" e ajudará o bloco da UE a reduzir a sua dependência da China em relação a estes minerais essenciais para a eletrificação, disse a ministra da Energia e Indústria sueca, Ebba Busch, cujo país detém a Presidência do Conselho da UE durante os próximos seis meses.
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