Al-Maliki regressou hoje da sua estada no Brasil após assistir à posse do Presidente Lula da Silva.
Durante a viagem, o ministro foi informado da retirada da sua permissão especial, que lhe dá liberdade para circular pelos territórios ocupados e facilita a sua entrada em Israel.
"As autoridades de ocupação israelitas executaram a decisão de retirar o chamado 'cartão VIP' sem levar em conta a sua posição e capacidade legal", lamentou o Ministério dos Negócios Estrangeiros da Palestina em comunicado divulgado pela agência Maan.
Horas antes, o ministro da Defesa de Israel, Yoav Gallant, anunciou a retirada da permissão para três altos funcionários da Autoridade Palestina que visitaram um prisioneiro histórico recentemente libertado após cumprir 40 anos de prisão pelo assassínio de um soldado hebreu.
A proibição foi dirigida contra o governador de Nablus, Mahmud al Alul, o ex-embaixador no Iraque Azam al-Ahmad e o ex-Presidente interino da Autoridade Palestiniana Raui Fattu, que se reuniram na quinta-feira passada no norte de Israel com Karim Yunis.
O conselheiro de Al Maliki, Ahmed al Dik, criticou esta medida "arbitrária" como "uma violação flagrante do Direito Internacional e dos acordos e entendimentos assinados entre as partes israelita e palestiniana".
"Facilitar a movimentação de funcionários palestinianos não é um privilégio que uma potência ocupante pode conceder, mas parte das suas obrigações como tal", denunciou.
"Essas medidas visando a liderança palestiniana, a Autoridade Nacional Palestiniana e todo o nosso povo não deterão a liderança palestiniana ou o ministro dos Negócios Estrangeiros e Expatriados", acrescentou.
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