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Treze mortos em ataque a região disputada entre Sudão e Sudão do Sul

Pelo menos 13 pessoas foram mortas e cinco feridas num novo ataque na disputada região de Abyei, entre o Sudão e o Sudão do Sul, afirmou hoje a Força de Segurança Interina das Nações Unidas para Abyei (Unisfa).

Treze mortos em ataque a região disputada entre Sudão e Sudão do Sul
Notícias ao Minuto

15:39 - 04/01/23 por Lusa

Mundo Sudão do Sul

A missão avançou que as suas forças foram destacadas para a zona e que se encontram a efetuar patrulhas para evitar novos incidentes, enquanto o ministro da Informação de Abyei, Ajak Deng Miyen, classificou a situação como relativamente calma.

Miyen afirmou que a situação está a voltar à normalidade após a intervenção da Unisfa, sendo que a mesma versão foi noticiada pela Radio Miraya, propriedade da Missão das Nações Unidas no Sudão do Sul (Unmiss) e operada pela mesma.

A Unisfa afirmou que "um grupo armado misturado [com as comunidades] nuer e twic dinka lançou um ataque à aldeia Rumamer, matando 13 pessoas e ferindo outras cinco, todas elas ngok dinka, enquanto 27 casas foram incendiadas".

A força de segurança disse, ainda, que o ataque foi efetuado por cerca de 200 homens armados, mas acrescentou que a situação "foi efetivamente contida devido à vigilância e à ação rápida", tal como relatado pela Radio Tamazuj.

Segundo a Unisfa, já foi aberta uma investigação e o chefe da missão, Abu Syed Mohamod Bakir, condenou veementemente o ataque, advertindo que isto pode aumentar as tensões e causar um novo surto de violência em Abyei.

O estatuto da Abyei foi suspenso quando o Sudão do Sul declarou a independência em 2011 e continua a ser um dos principais focos do conflito entre os dois países devido à sua importância geoestratégica e às suas reservas energéticas. A região está sob administração da Unisfa até que a disputa seja resolvida.

O futuro da região deveria ter sido decidido por referendo, tal como estipulado nos históricos acordos de paz de 2005 que levaram à independência do Sudão do Sul, mas a comunidade dgok dinka tornou o plebiscito (votação por todo o eleitorado de um país) impossível ao rejeitar impiedosamente a participação dos nómadas miseriya no referendo.

Leia Também: 30 mil pessoas fugiram da violência entre grupos armados no Sudão do Sul

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