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Líder do Grupo Wagner eleito 'Pessoa do Ano'. Categoria? Corrupção

O 'Cozinheiro de Putin' foi eleito pelo 'Organised Crime and Corruption Reporting Project', e sucedeu ao presidente da Bielorrússia, Alexander Lukashenko.

Líder do Grupo Wagner eleito 'Pessoa do Ano'. Categoria? Corrupção

Um consórcio de jornalistas de investigação elegeu, esta quinta-feira, o líder do Grupo Wagner como 'A Pessoa do Ano' no crime organizado e corrupção.

"Desde o início da invasão da Rússia na Ucrânia, algumas das batalhas mais ferozes do Kremlin foram combatidas por um exército privado sem leis, e as fileiras repletas de criminosos condenados", começaram por escrever os responsáveis do 'Organised Crime and Corruption Reporting Project' (OCCRP, na sigla em inglês).

Um dos responsáveis pela organização justificou a escolha devido ao "esforço incansável" que Yevgeny Prigozhin tem feito para "alargar o alcance violento e corrupto da Rússia, por roubar para Vladimir Putin e castigar aqueles que resistem".

“Prigozhin é um soldado da corrupção", considerou Drew Sullivan, acrescentando: "Ele combate e mata para criar a corrupção. O Grupo Wagner não é mais do que um grupo de crime organizado aprovado pelo governo russo".

A organização lembrou que o percurso de Prigozhin não se destacou pelo seu passado na prisão - pelo crime de roubo -, nem pelos contratos de milhões com o Estado no seu negócio com restaurantes, nos anos 90 - que acabaram por lhe 'dar' o nome de 'Cozinheiro de Putin'.

De acordo com o que contaram na página, foi apenas depois de 2010 que os seus esquemas ganharam uma dimensão geopolítica - quando abriu uma agência com o objetivo de espalhar propaganda e desinformação, tendo mesmo, sem sucesso, tentado interferir na política dos Estados Unidos.

"Prigozhin já não era um homem que tinha construído a sua riqueza a partir do regime de Putin. Tinha-se tornado um dos seus instrumentos", afirmaram, referindo-se ao Grupo Wagner, composto por mercenários russos que têm atuado também na Ucrânia, mas não só.

A milícia privada tem estado mais presente no continente africano, protegendo os interesses russos em palcos importantes como a República Centro Africana, o Mali e em Cabo Delgado (Moçambique).

Os mercenários são, maioritariamente, compostos por combatentes da guerra no Donbass, que arrancou em 2014.

O 'vencedor' anterior deste prémio foi o aliado de Vladimir Putin, o presidente da Bielorrússia, Alexander Lukashenko.

Leia Também: Míssil na Bielorrússia? Pode ser "provocação deliberada" russa, diz Kyiv

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