Os Camarões preparam-se para dizer adeus a um dos seus produtos mais... peculiares. É comum, em vários locais do país, encontrar uísque vendido em sacas de plástico, a preços muito mais económicos do que aqueles praticados nos bares, pelo produto vendido em garrafas de vidro.
Essa realidade deverá, no entanto, acabar em 2023, ano em que entra em vigor a proibição da venda desta bebida neste tipo de embalagem, produzida localmente, com teor alcoólico que ronda os 43%.
A notícia é avançada pela RFI, que cita autoridades de saúde locais que, depois de realizar testes nas bebidas vendidas em sacos, concluíram que as mesmas podem ser prejudiciais para a saúde, o que não impediu, ainda assim, os camaroneses de se abastecer da mesma antes da sua proibição.
“Não posso ir a um bar e pagar 650 francos camaroneses (aproximadamente um euro) por uma bebida. Então, prefiro comprar esta 'saca de uísque' que me vai deixar bêbado por menos”, disse um local, chamado Ismaël, à RFI.
Esta bebida, por sua vez, custa entre 15 e 23 cêntimos.
O governo camaronês decidiu avançar com a proibição da bebida em setembro de 2014, acabando por ser adiada para setembro de 2016, para que os produtores e vendedores pudessem desfazer-se dos seus inventários.
À RFI, Alphonse Ayissi Abena, chefe da Federação Camaronesa de Consumidores (FOCACO), garantiu que "este uísque mata", e que a federação está a "tentar fazer com que as pessoas entendam como é prejudicial à saúde delas”.
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