A moção apresentada pela defesa, que alegou que Saab goza de imunidade diplomática, foi rejeitada pelo juiz federal em Miami, Robert M. Scola, depois de ter ouvido os argumentos da defesa e do Ministério Público nos últimos dias, noticiou a agência Efe.
Em 2019, os Estados Unidos pararam de reconhecer Maduro como o líder legítimo da Venezuela, e Robert Scola citou essa determinação como base para rejeitar a moção de Saab para arquivar as acusações criminais.
Scola também concordou com os argumentos dos procuradores, que levantaram dúvidas sobre a legitimidade de várias credenciais oficiais venezuelanas nas quais Saab se baseou para reforçar sua reivindicação do seu estatuto diplomático.
E questionou ainda a razão porque Saab nunca mencionou o seu alegado estatuto diplomático em várias reuniões secretas com agentes da agência antidrogas dos EUA.
"As evidências sugerem que o regime de Maduro e seus cúmplices forjaram documentos para cobrir Saab com um traje diplomático que não lhe serve, tudo num esforço para explorar a lei de imunidades diplomáticas e impedir sua extradição para os Estados Unidos", sublinhou o juiz.
Colombiano nacionalizado venezuelano, Saab, de 51 anos, foi detido em Cabo Verde quando o seu avião ali fez escala e foi extraditado para os Estados Unidos em junho de 2020, onde é acusado de branqueamento de capitais.
Caracas descreveu a detenção como ilegal, já que Saab disse que tinha passaporte diplomático.
A extradição de Alex Saab para território norte-americano levou ainda o Governo de Maduro a suspender, em outubro de 2021, as negociações com a oposição venezuelana, no México, entretanto retomadas.
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