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Mulher de Assange pede "posição forte" da UE para libertação do marido

A União Europeia (UE) deve adotar uma "posição forte" contra os Estados Unidos para exigir a libertação do fundador do WikiLeaks, Julian Assange, preso desde 2019 no Reino Unido, afirmou hoje a sua mulher.

Mulher de Assange pede "posição forte" da UE para libertação do marido
Notícias ao Minuto

19:00 - 13/12/22 por Lusa

Mundo WikiLeaks

"Espero que as instituições europeias adotem agora uma posição clara. Têm agora legitimidade, através do seu próprio parlamento, para adotar uma posição forte", observou Stella Assange, durante uma conferência de imprensa no Parlamento Europeu em Estrasburgo, França.

Julian Assange esteve entre os finalistas do Prémio Sakharov para a Liberdade de Pensamento do Parlamento Europeu.

O galardão de 2022, que será entregue oficialmente numa cerimónia em Estrasburgo na quarta-feira, foi concedido ao "bravo povo da Ucrânia" devido à invasão russa.

"Atribuir-lhe o estatuto de finalista demonstrou, de um ponto de vista político, que o seu caso é importante para a União Europeia e para os cidadãos europeus", insistiu a mulher.

O estabelecimento prisional de alta segurança de Belmarsh, perto de Londres, onde Julian Assange está detido, recusou-se a intervir por videoconferência.

O cidadão australiano de 51 anos está a ser processado nos Estados Unidos por ter publicado desde 2012 mais de 700 mil documentos confidenciais sobre atividades militares e diplomáticas norte-americanas, nomeadamente no Iraque e no Afeganistão.

Detido pela polícia britânica em 2019 após sete anos de confinamento na Embaixada do Equador em Londres, Julian Assange aguarda atualmente a conclusão do seu recurso contra a decisão do Governo britânico de extraditá-lo.

"Aguarda-se a qualquer momento a decisão do High Court [em Londres] sobre a autorização do recurso", explicou Stella Assange.

"Devemos estar bem cientes do que está em jogo aqui para a Europa: é a determinação, independente e autónoma, da sua própria conceção de liberdade de expressão e liberdade de imprensa", completou a advogada de Julian Assange, Virginie Lemarié.

Em novembro, o primeiro-ministro australiano, Anthony Albanese, e o Presidente colombiano, Gustavo Petro, juntaram-se para pedir o fim das acusações contra o fundador do WikiLeaks.

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